Durante a manifestação dos servidores da área da saúde do Acre, realizada na manhã desta terça-feira, 27, em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Aleac), para protestar e cobrar a aprovação imediata do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da enfermagem, a presidente do sindicato se pronunciou sobre a longa espera da categoria.
A técnica de enfermagem Alesta Costa, presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares, Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Acre (Spate), destacou a urgência da reformulação do plano.
“Há 25 anos, sem reformulação do PCCR da saúde, estamos há 18 meses negociando com o governo. A reformulação dele já está pronta e ele precisa chegar aqui na Assembleia. Está hoje na PGE, tem que ir para a Casa Civil e ela precisa entrar para a Assembleia. Então, esse movimento precisa fazer para o governo concluir que a saúde precisa do PCCR já”, declarou Alesta.
A sindicalista também ressaltou as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da saúde. “Nós precisamos de condições de trabalho, precisamos de valorização e salário digno. É isso que a gente precisa porque os nossos profissionais têm muitos que precisam se aposentar. E para se aposentar, tem que ter essa reformulação porque, se aposentando, melhora para a saúde e melhora para a educação.”
O deputado estadual Adailton Cruz também esteve presente no ato e reforçou a cobrança ao governo do Estado.
“Os prazos que o governo tinha, os prazos que a Sesacre tinha, a nossa paciência já passou do limite. O prazo que era para ser dado já foi. Reabriram o prazo. O governo, a Sesacre e a Casa Civil todos sabem o que a gente quer e o que a gente precisa. E isso não foi falado só de boca, não — foi protocolado, isso foi oficializado. Eu pedi todos os comprovantes. Nós não abrimos mão de um plano de carreira digno e isonômico para todos os trabalhadores de saúde do Acre. Nós não abrimos mão que esse plano chegue aqui. Esses 25 anos não podem ser perdidos por morosidade de governo, Sesacre ou seja lá de quem for”, afirmou o deputado.
Segundo ele, o projeto já foi retirado da Casa Civil uma vez por apresentar erros e inconsistências. “Tem tabelas que estão em disparidades, tem redação que precisa ser corrigida, e isso foi pedido pelo sindicato e por mim também. Porque a gente quer que o plano chegue aqui e que seja bom para todos. Não pode vir com redação dúbia, não pode vir com depredação para que mais adiante possa estar nos prejudicando, inclusive os aposentados.”
Cruz defendeu a paralisação geral da categoria. “O plano que está sendo solicitado por nós é para beneficiar servidor regular, irregular, Sesacre, servidores que estão aposentados. Agora, não podemos fazer nada aqui na Assembleia porque, infelizmente, ainda não chegou”, concluiu.