Na manhã desta terça-feira, 15, quadrilheiros ocuparam a Câmara Municipal de Rio Branco em busca de respostas sobre o futuro do Circuito Junino na capital. A principal preocupação do grupo é com a possível falta de recursos para a realização dos arraiais e das etapas do tradicional calendário junino, que movimenta a cultura e a economia da cidade.
Francilene Santos, presidente da Liga de Quadrilhas do Acre, falou em nome do grupo e destacou a importância dos festejos para as comunidades.
“O que queremos entender é por que não haverá recurso para a cultura, especialmente para o Movimento Junino, que é um dos maiores eventos realizados pela Fundação Garibaldi Brasil (FGB)”, afirmou.
Segundo ela, os recursos repassados atualmente pela prefeitura são apenas uma ajuda de custo, insuficiente para manter as quadrilhas funcionando. Francilene também lembrou que os festejos garantem renda para muitas famílias e movimentam significativamente o comércio local.
“Esses eventos fortalecem o comércio local, geram renda nas comunidades e garantem a autossustentação dos grupos juninos”, destacou.
O calendário junino movimenta a economia – em um só evento, chegam a circular quase R$ 100 mil no município.
A presidente da Liga ainda pediu que, ao menos, os arraiais nas comunidades e uma etapa do circuito sejam mantidos para garantir que os grupos possam disputar o estadual. Apesar da cobrança, ela reconheceu os avanços durante a atual gestão.
“O prefeito Tião Bocalom foi o que mais valorizou a nossa cultura. A gente não está aqui querendo bater de frente com o prefeito, a gente está querendo mesmo tentar entender e achar uma maneira melhor para que seja feito o circuito”, concluiu.
Os quadrilheiros agora aguardam um posicionamento da prefeitura e da Fundação Garibaldi Brasil (FGB) e esperam que o diálogo possa garantir a realização do São João em 2025.