quinta-feira, 17 abril 2025

Prima de vereador de Rio Branco é assassinada após golpe de R$ 300 mil em MG

Por Aikon Vitor, da Folha do Acre

A médica oftalmologista Paula Sandri Frantz, de 33 anos, foi morta a tiros nesta segunda-feira (7) em Itajubá, no Sul de Minas Gerais. O crime aconteceu em plena luz do dia, nas imediações do Hospital de Clínicas da cidade, quando ela estava dentro do próprio carro. Paula era prima do vereador acreano Felipe Tchê (MDB) e residia em Minas.

Segundo a Polícia Militar, dois suspeitos se aproximaram em outro veículo e efetuaram diversos disparos. A médica foi atingida e morreu no local antes de receber atendimento médico. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmaram o óbito.

Imagens de câmeras de segurança nas proximidades ajudaram a polícia a rastrear o automóvel utilizado na ação criminosa. Um cerco foi montado nas estradas da região e, ainda na tarde de segunda-feira, os agentes interceptaram o carro em um trevo da cidade de Delfim Moreira, a poucos quilômetros de Itajubá.

Foram detidos um homem de 26 anos e um adolescente de 16, ambos oriundos de Campo Grande (MS). A dupla foi encaminhada à Delegacia da Polícia Civil, onde, segundo a PM, admitiu participação no assassinato. A arma usada no crime foi apreendida.

Durante o interrogatório, o menor de idade afirmou que teria sido contratado para matar a médica em troca de R$ 20 mil. O homicídio estaria relacionado a uma disputa envolvendo a venda de um trator por R$ 300 mil em uma negociação feita pela internet. A vítima, de acordo com a versão apresentada, teria ficado com a totalidade do dinheiro, contrariando um suposto acordo anterior.

A polícia apurou ainda que os suspeitos deixaram Campo Grande na sexta-feira (4) e se hospedaram em um hotel em Itajubá, aguardando o momento para executar o plano. Conforme o relato dos detidos, o homem de 26 anos teria conhecido o pai da vítima enquanto ambos cumpriam pena no mesmo presídio da capital sul-mato-grossense. Ainda segundo a versão investigada, foi nesse período que a trama criminosa teria sido articulada.

O caso está agora sob responsabilidade da Polícia Civil, que instaurou inquérito para aprofundar as investigações, apurar a real motivação do crime e identificar se houve participação de outros envolvidos.

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