No último domingo (14), durante a aplicação do concurso da Educação em todo o Acre, surgiram denúncias de possíveis irregularidades relacionadas aos lacres dos pacotes de provas. Candidatos que prestavam o exame na Escola Bem Fica, no bairro Vila Acre, alegaram que, em uma das salas, o pacote de provas foi entregue sem lacre, o que levou um grupo de participantes a se recusar a fazer a prova.
Um vídeo enviado à reportagem do ContilNet mostra uma representante do Ministério Público do Acre (MPAC) conversando com os candidatos. A representante explicou a situação para os presentes: “As três pessoas identificaram que o lacre estava aberto. As outras salas fizeram a prova, e só essa se recusou. Os outros identificaram, mas estão fazendo a prova. Vamos pegar os nomes deles e registrar que constataram a situação, mas fizeram a prova.”
Banca organizadora desmente alegações de lacre violado
A empresa responsável pela organização do concurso, Nosso Rumo, negou as acusações de que os lacres dos pacotes de provas haviam sido rompidos. Em entrevista ao Contilnet, Paulo Guilherme, representante da banca, garantiu que não houve qualquer irregularidade. “Não, nós não recebemos essas denúncias. Acho que foram apenas para vocês. O que acontece? O lacre não foi rompido. É muito importante usar as denominações corretas, porque são vários materiais. Vamos começar pelo malote de provas. Dentro do malote, o conteúdo das provas está lacrado em seus devidos envelopes, ok?”, explicou.
Paulo também detalhou que o processo de rastreabilidade dos pacotes foi rigorosamente seguido, e que qualquer alegação de violação seria infundada. “O material sai daqui de São Paulo, com uma lauda de fechamento dos malotes e seu respectivo lacre. Cada lacre possui numeração, código de barras e a logomarca do Nosso Rumo. Ele não pode ser substituído. É uma numeração única e o lacre se torna rastreável, por conta do processo de rastreabilidade que realizamos.”
Paulo Guilherme também abordou o que a banca considera uma explicação para o ocorrido: “É um devaneio. O malote não veio aberto. O lacre não foi rompido. Houve apenas um deslizamento um pouco fora do normal, devido a uma condição retórica do lacre.” Ele afirmou que o deslizamento aconteceu durante o processo de remoção do lacre, mas garantiu que o procedimento foi realizado de acordo com os protocolos de segurança e rastreabilidade.
A banca afirmou que os registros feitos durante a aplicação, incluindo a ata assinada pela coordenação da Secretaria de Educação, demonstram a regularidade do processo. “Todos os protocolos foram cumpridos: lisura, credibilidade e pontualidade estão garantidas, conforme documentação”, enfatizou o representante da empresa.
Em relação aos candidatos que se recusaram a fazer a prova, a banca explicou que apenas uma pessoa, identificada como responsável pelo envio dos vídeos, não participou do exame. “Foi apenas uma pessoa que se recusou a fazer a prova. Os demais foram convencidos a continuar. Essa pessoa que enviou os vídeos para vocês teve sua prova anulada porque rompeu o lacre do envelope onde estava o celular para fazer as gravações. Então, foi uma única pessoa que se recusou a fazer a prova; o restante participou normalmente”, afirmou Paulo.
Ele também ressaltou que a tentativa da pessoa de incitar os outros candidatos a seguir sua postura foi frustrada. “Ela tentou incitar os demais candidatos a aderirem à sua posição, mas não teve sucesso. É uma contra 153 mil”, concluiu.
O Ministério Público, presente na aplicação das provas, lavrou uma ata sobre o incidente e registrou o ocorrido. A representante do MPAC afirmou que a situação foi monitorada pelas autoridades e que todas as medidas legais foram tomadas para assegurar a legalidade do certame.
As autoridades competentes seguem acompanhando o caso, e a banca organizadora garante que o concurso ocorreu de acordo com todos os requisitos legais e de segurança.