O deputado estadual Afonso Fernandes (Solidariedade-AC) participou nesta terça-feira (23) da Terceira Reunião Executiva da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE). Afonso Fernandes é o primeiro-secretário do Parlamento Amazônico. O encontro reuniu parlamentares de todas as regiões do país para discutir os “Desafios Climáticos da Amazônia e a COP 30”.
Afonso esteve na reunião da Unale representando os nove estados que compõem a Amazônia Legal e levando à mesa de debates as preocupações, propostas e demandas da região.
Durante discurso, Afonso destacou os graves impactos ambientais enfrentados pela floresta, como o desmatamento crescente, degradação dos ecossistemas, perda de biodiversidade e alterações severas no regime hídrico.
“Estamos vivendo, na Amazônia, uma situação-limite. Rios definhando, calor extremo, aumento das queimadas — a floresta está em colapso. E tudo isso se agrava com a ausência de regularização fundiária, que alimenta conflitos agrários, grilagem e desmatamento ilegal”, alertou o parlamentar.
O parlamentar reforçou que a realização da COP 30, que acontecerá em Belém, representa uma oportunidade histórica para que a Amazônia Legal assuma o protagonismo na agenda climática global. Como proposta concreta, sugeriu a instalação de um estande institucional do Parlamento Amazônico durante o evento, onde cada um dos nove estados da região possa apresentar seus projetos, estratégias e dificuldades para mitigar os efeitos da crise climática.
“É preciso que o mundo conheça a Amazônia de fato, com suas riquezas, mas também com seus desafios. Precisamos ocupar esse espaço com autoridade e união. A COP 30 não pode ser um palco apenas para os discursos do Norte Global. A Amazônia tem muito a dizer — e a mostrar”, afirmou.
O deputado também defendeu que os países desenvolvidos, historicamente responsáveis pela maior parte das emissões de carbono, ofereçam compensações reais aos estados amazônicos.
“A Amazônia não pode pagar o preço pelos países do primeiro mundo, que já devastaram suas florestas e agora querem preservar o que resta do planeta às nossas custas. Concordamos em preservar, mas é necessário que existam contrapartidas — seja através do crédito de carbono, seja por meio de subsídios à nossa economia, como o incentivo à produção da borracha e outras cadeias produtivas sustentáveis”, destacou.