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Advogado diz que motorista está à disposição da polícia, mas ainda não foi chamado a depor; defesa alega aquaplanagem

 

O condutor do veículo envolvido em um grave acidente na Via Verde, em Rio Branco, que resultou na morte de dois trabalhadores e deixou outro ferido, Talysson Duarte, de 28 anos, ainda não foi ouvido formalmente pela polícia. A informação é da defesa do motorista, que afirma que ele está à disposição das autoridades desde o dia seguinte ao ocorrido.

Segundo o advogado de Talysson, logo após o acidente, ocorrido na última quinta-feira, 17, ele permaneceu no local, prestou socorro às vítimas, colaborou com os agentes de trânsito e realizou voluntariamente o teste do bafômetro, que atestou resultado negativo para ingestão de álcool.

A defesa informou ainda que procurou a Delegacia de Flagrantes (Defla) na sexta-feira, 18, – dia seguinte ao acidente – para protocolar um requerimento, comunicando a disponibilidade de Duarte para prestar esclarecimentos. No entanto, de acordo com o advogado, o próprio delegado da unidade informou que, por não se tratar de uma prisão em flagrante, a competência era da 1ª Delegacia Regional, que só retomaria os trâmites após o feriado, na terça-feira, 22.

“Na ocasião, o próprio delegado orientou que, como não se tratava de flagrante, a atribuição não era da Defla, mas sim da delegacia regional e que os trâmites somente poderiam ser iniciados após o feriado, na terça-feira seguinte”, afirmou a defesa.

A colisão ocorreu na Via Verde, nas proximidades da Terceira Ponte, quando a caminhonete conduzida por Duarte atingiu três motocicletas. Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos, morreu no local. Carpegiane Freitas Lopes, que estava internado na UTI do Pronto-Socorro de Rio Branco, faleceu no domingo, 20. Um terceiro vigilante, Fábio Farias de Lima, segue internado em estado grave, com diversas fraturas.

As vítimas atuavam como vigilantes da empresa VIP e retornavam de um serviço no Segundo Distrito no momento da batida. A Polícia Civil confirmou a instauração de inquérito para apurar as circunstâncias do acidente, que está sob responsabilidade da 1ª Delegacia Regional.

A defesa de Talysson Duarte também destacou que o local do acidente é conhecido por registrar casos de aquaplanagem, o que, segundo ela, reforça a necessidade de uma apuração técnica minuciosa e sem pré-julgamentos. “Fomos nas delegacias, colocamos ele à disposição e os delegados disseram que não era caso de plantão. Aconteceu aquaplanagem do veículo e por isso perdeu o controle. Está bastante abalado, mas confiante e a disposição das autoridades”, afirmou o advogado Emerson Costa.

Com informações do g1

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