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Acre registra mais de 3 mil mortes violentas nos últimos dez anos, diz levantamento

O Acre contabilizou 3.021 mortes violentas intencionais nos últimos dez anos, segundo dados do Painel de Acompanhamento de Mortes Violentas Intencionais (MVI), do Ministério Público do Estado. Conflitos entre facções criminosas e o tráfico de drogas foram responsáveis por 42,2% das ocorrências no período.

O ano mais violento foi 2017, quando foram registradas 531 mortes. Em contrapartida, 2024 teve o menor número de casos nos últimos nove anos, com 178 ocorrências. Até 1º de abril de 2025, já foram registrados 23 casos no estado.

A capital acreana concentrou 57,2% das mortes violentas na última década, com 1.728 registros. Cruzeiro do Sul foi o segundo município mais violento, com 236 casos (7,81% do total), seguido por Tarauacá, com 136 registros (4,5%). Já Santa Rosa do Purus teve apenas seis casos de 2015 a abril de 2025.

Homens representam a maior parte das vítimas, somando 90,96% dos casos. Mulheres foram vítimas em 9% das ocorrências. Em 51,87% dos registros, não houve identificação da cor ou etnia da vítima. Entre os casos em que há essa informação, 42,9% são de pessoas pardas e 2,18%, de pessoas brancas.

A faixa etária mais afetada é a de 20 a 34 anos. A principal causa das mortes foi o uso de arma de fogo, presente em 66,63% das ocorrências. Armas brancas foram utilizadas em 24,4% dos casos.

A maioria das mortes violentas ocorre no período noturno (43,56%), seguido pela tarde (21,98%) e madrugada (17,81%). Em relação aos dias da semana, os domingos concentram a maior quantidade de registros (19,4%), seguidos dos sábados (16,42%) e das segundas-feiras (14,46%).

O Painel de Acompanhamento de Mortes Violentas Intencionais inclui na estatística crimes como homicídio consumado, feminicídio, latrocínio, estupro seguido de morte, extorsão mediante sequestro e morte, lesão corporal com resultado morte, maus-tratos com resultado morte e morte decorrente de intervenção policial.

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