Prevenção da dengue: cuidados essenciais para evitar a doença que cresce no Acre

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De acordo com dados do Afya Whitebook, a procura por informações médicas sobre dengue cresceu quase três vezes no Brasil entre novembro de 2024 e janeiro de 2025

Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre, enfrenta uma grave epidemia de dengue. Com 1,5 mil casos registrados em janeiro, o município decretou situação de emergência em saúde pública. O aumento de 948% em relação ao mesmo período de 2024 acende um alerta para a necessidade de intensificar as medidas de prevenção.

Além do município, Rio Branco também decretou emergência sanitária após registrar mais de 800 casos da doença em apenas 15 dias. O Acre figura como o segundo estado da região Norte com maior incidência de dengue, atrás apenas do Amapá. O avanço da doença se reflete no aumento das buscas por informações sobre o assunto: segundo o Afya Whitebook, aplicativo para a tomada de decisão clínica que auxilia o médico quando ele está com o paciente, a procura por orientações sobre dengue cresceu quase três vezes no Brasil entre novembro de 2024 e janeiro de 2025.

Rita de Cassia, infectologista e professora da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Cruzeiro do Sul, explica que os primeiros sintomas da dengue podem ser confundidos com outras viroses. “O paciente pode apresentar febre, petéquias, vermelhidão na pele, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, além de coceira, vômitos e mal-estar”, detalha.

Casos mais graves exigem atenção imediata e hospitalização. “Se houver dor abdominal intensa e contínua, alterações no nível de consciência, hipotensão, sangramentos espontâneos ou recusa de ingestão de líquidos, é fundamental procurar atendimento médico urgente”, alerta a especialista.

Como prevenir a proliferação do Aedes aegypti

O controle do mosquito transmissor da dengue passa por ações diárias. “A limpeza de áreas urbanas, quintais e terrenos baldios, além da coleta regular de lixo e entulho, são medidas essenciais para evitar a proliferação do Aedes aegypti”, enfatiza Rita de Cassia.

Para evitar a picada do mosquito, é recomendado o uso de telas em portas e janelas, além da aplicação de repelentes corporais. “Há produtos específicos para bebês acima de dois meses e gestantes, garantindo proteção segura para todos os públicos”, acrescenta.

Vacinação e cuidados ao suspeitar da doença

A vacina contra a dengue, disponível gratuitamente pelo SUS, é uma importante ferramenta na prevenção de casos graves. “Atualmente, a imunização está liberada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com duas doses aplicadas em um intervalo de 90 dias”, explica a professora.

Na suspeita da doença, é essencial buscar atendimento médico o mais rápido possível. “A hidratação deve ser ajustada de acordo com o peso e eventuais condições de saúde prévias. A alimentação deve ser leve, e os únicos analgésicos permitidos são dipirona e paracetamol”, orienta Rita de Cassia.

Diante do aumento expressivo de casos, a conscientização e o engajamento da população são fundamentais para conter o avanço da dengue. Manter os cuidados diários e reconhecer os sintomas precocemente são passos essenciais na luta contra a doença.

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