Jarude denuncia que em 2025, crianças ainda precisam andar com sacolas nos pés para chegar à escola

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É inaceitável que, em pleno 2025, crianças precisem envolver os pés em sacolas plásticas para conseguir chegar à escola sem se sujar. No bairro Santa Maria, na Vila Acre, a cerca de 20 minutos do Centro de Rio Branco, a falta de infraestrutura transformou a simples ida ao colégio em um desafio diário, onde lama e buracos se tornaram obstáculos para a educação.

Nesta quarta-feira (19), a equipe do deputado Emerson Jarude (NOVO) esteve na região para fiscalizar as precárias condições das vias e ouvir os relatos dos moradores. O que encontrou foi um cenário de abandono: ruas intransitáveis, onde pais precisam carregar os filhos no colo ou fazê-los trocar de roupa apenas ao chegar na Escola Santa Maria II, para evitar que passem o dia com os uniformes sujos de lama.

Maria Luana, mãe de três alunos, vive esse drama diariamente. “Além de colocar sacolas nos pés dos meus filhos antes de sair de casa, preciso levar os uniformes na mochila para que eles se troquem na escola. Já aconteceu de termos que voltar para casa porque caímos na lama e não havia como continuar o caminho”.

A falta de infraestrutura afeta a segurança e o aprendizado das crianças. O acesso precário também faz com que pais desistam de levar os filhos em dias de chuva intensa, comprometendo sua frequência escolar.

Para Raimundo Branco, a rotina é sempre preocupante. “A gente se preocupa porque eles têm que sair cedo de casa e, se chove, a caminhada até a escola vira um sofrimento. Não dá para colocar uma criança pequena na lama todo dia. Nós, pais, já tentamos de tudo, até compramos entulho para amenizar a situação, mas não é nossa obrigação consertar as ruas para nossos filhos estudarem.”

Além da dificuldade de locomoção, o isolamento da comunidade prejudica o acesso a serviços essenciais. Quando alguém passa mal e precisa de atendimento médico, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) não consegue chegar até as casas. “Se algum aluno precisa de atendimento de emergência, os pais têm que carregar a criança até a estrada principal, porque ambulâncias não entram na nossa rua”, explica Antônio Carlos, outro morador da região.

Após anos de descaso, os moradores agora esperam soluções reais para o problema. “Tudo o que queremos é que nossos filhos possam ir à escola sem passar por isso. Eles merecem chegar limpos, seguros e prontos para aprender, não exaustos de tanto lutar contra a lama”, desabafa Raimunda Andrade, que há mais de 10 anos vê crianças enfrentando essa dura realidade.

Agora, um ofício será encaminhado pelo deputado Emerson Jarude à Prefeitura de Rio Branco para que reparos sejam feitos no Ramal da Castanheira.

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