A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a manutenção da bandeira tarifária verde para o mês de abril. Com a decisão, os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) não terão cobrança extra na conta de luz.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanece verde, refletindo condições favoráveis de geração de energia no país. Segundo a Aneel, os reservatórios das usinas hidrelétricas apresentam níveis satisfatórios, o que permite a manutenção da geração a custos reduzidos. Mesmo com a transição do período chuvoso para o seco, a geração hidrelétrica segue estável, evitando a necessidade de acionamento de usinas térmicas, que possuem custos mais elevados.
Bandeiras Tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Quando a bandeira verde está em vigor, não há acréscimos na conta de luz. No entanto, em casos de bandeira amarela ou vermelha, há cobranças adicionais conforme o consumo:
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Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
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Bandeira vermelha – patamar 1: acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos.
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Bandeira vermelha – patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.
Entre setembro de 2021 e abril de 2022, vigorou a bandeira de escassez hídrica, com um custo adicional de R$ 14,20 a cada 100 kWh.
Sistema Interligado Nacional
O SIN é composto por quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, abrangendo quase todo o país. Algumas áreas isoladas da Região Norte, parte de Mato Grosso e o estado de Roraima não estão conectados ao SIN e dependem, principalmente, de usinas térmicas a óleo diesel para suprimento de energia. Atualmente, existem 212 localidades isoladas, representando menos de 1% da carga total de energia do Brasil.