Em discurso nesta quarta-feira (12), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a defender a integração dos municípios isolados com os grandes centros, como é o caso de Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus e Jordão. Ele citou que comunidades inteiras não podem permanecer no isolamento por conta da burocracia administrativa.
“Eu sou da sustentabilidade. Defendo isso há muitos anos. Só que a sustentabilidade ela tem vários aspectos. O centro de qualquer projeto de sustentabilidade ambiental é a vida das pessoas. Ninguém mais cuidou bem das florestas neste estado do Acre que os ribeirinhos. Eles cuidam delas. Se não fossem eles, estava tudo no chão. Agora, eles pagam o preço mais caro por cuidar desse patrimônio do mundo. Temos que ter um cuidado muito realista quando se faz essas discussões. A gente não pode pegar um debate e deixar ele se enganchando pela metade”, disse Edvaldo Magalhães.
Ao falar diretamente a respeito do ramal que liga Porto Walter a Rodrigues Alves, embargado pela Justiça Federal, o parlamentar disse que é inadmissível que a comunidade permaneça isolada por falta apenas de um estudo de impacto ambiental.
“Estamos falando de um acesso. Eu tenho certeza que o presidente vai cobrar, como já o fizemos em outra audiência no ano passado, discutindo assim quando vão contratar o estudo. Disseram que o que estava impedindo era o estudo. Esse Estado dispensa licitação para um monte de coisas. Essa empresa existe, tem expert, inclusive tem sede própria no Acre. Fez há mais de 20 anos o estudo de impacto da BR-364. A pergunta é: já contrataram? Porque o tempo das coisas pode ajudar a resolver um problema grave ou piorar muito a vida das pessoas. Uma decisão que pode mudar ou não a vida das pessoas deixa de ser tomada pela falta de celeridade”, destacou.