O Acre registrou um aumento de 183,1% nos casos prováveis de dengue nos primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o boletim epidemiológico nº 8, divulgado na semana passada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), o número de casos prováveis saltou de 2.201, em 2024, para 6.230 neste ano. A incidência da doença no estado é de 707,4 casos por 100 mil habitantes.
O total de casos confirmados chegou a 1.953, com três mortes registradas. Com esses números, o Acre segue na liderança entre os estados brasileiros com maior incidência da doença.
Atualmente, circulam no estado apenas os sorotipos 1 e 2 do vírus. O sorotipo 3 foi identificado em São Paulo, Minas Gerais, Amapá, Paraná e Rio de Janeiro. Segundo especialistas, essa linhagem do DENV-3, diferente da registrada nos anos 2000, pode ter vindo da região do Caribe, que, por sua vez, importou o vírus do continente asiático. Há a possibilidade de que a nova variante se torne predominante no país.
Os casos prováveis de chikungunya também cresceram no Acre. Em 2024, foram registrados 95 casos, número que subiu para 183 neste ano, um aumento de 37%. O total de casos confirmados chegou a nove, com incidência de 20,8 casos por 100 mil habitantes. Nenhum óbito foi registrado.
Já os casos prováveis de Zika tiveram aumento de 220,7%, passando de 29, em 2024, para 93 em 2025. Foram confirmados 10 casos da doença, com incidência de 11,2 por 100 mil habitantes. Assim como no caso da chikungunya, não houve mortes registradas.