O desaparecimento de uma bebê de cerca de três meses na Cidade do Povo revela as graves consequências da falta de registro civil no Brasil. A criança – cujo paradeiro só foi investigado após o linchamento da mãe – nunca teve certidão de nascimento, transformando-a em uma “fantasma” perante o Estado.
“Tomamos oconhecimento também que essa criança não foi registrada do seu nascimento, que pelo que o pai contou para nós ontem e hoje foi ouvido novamente, teria cerca de três meses, dois a três meses de vida, e sem registro.Então, não tem um registro oficial, uma certidão de nascimento, essa criança saiu do hospital”, explicou um delegado. O motivo? “Por uma questão de incongruência de documentação dos pais, foi negado o registro dentro de um cartório aqui na cidade” afirmou o Delegado de Polícia Civil, Alcino Junior, delegado da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado, a DECCO.
A polícia tenta agora reconstituir a existência da bebê através de fotografias e testemunhas. “A criança, na prática, a gente recebeu fotografias.A gente, né, Delegado? Eu acho que o Delegado Leonardo entrevistou pessoas que deram conta, não é isso?Dessa criança na maternidade, foto quando nasceue, inclusive, na casa da vítima, no caso de ontem.”, explicou um investigador. Enquanto isso, o paradeiro da pequena segue desconhecido.