Após o colapso das duas estações de tratamento de água (ETA) de Rio Branco por conta da cheia do Rio Acre, a capital acreana receberá mais de R$ 9,5 milhões em recursos para a aquisição de bombas centrífugas utilizadas no saneamento básico.
O envio dos recursos foi autorizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) dessa segunda-feira (24). Segundo o governo federal, o envio dos recursos foi oficializado após a apresentação de um plano de trabalho do município e também depois do reconhecimento da situação de emergência na capital.
Os valores destinados aos municípios são definidos por critérios da Defesa Civil Nacional e variam conforme o valor solicitado no plano de trabalho, além da magnitude do desastre e número de desabrigados e desalojados, entre outros parâmetros.
“A partir dos planos de trabalho enviados, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e valores propostos. Após a aprovação, os repasses são formalizados por meio de portaria no DOU, liberando os valores correspondentes”, acrescentou a pasta.
Paralisação
A correnteza do Rio Acre levou a bomba flutuante da ETA I, que virou no dia 13 de março, quando choveu cerca de 22,8 milímetros. Na manhã do dia 14 de março, a bomba estava em frente ao bairro Base, em Rio Branco.
Já a ETA II ficou sem captação de água desde a terça (11) após a forte correnteza do Rio Acre e um tronco de árvore virarem uma bomba flutuante, segundo o Saerb. A expectativa era de que a situação normalizasse na noite do dia 12, o que não ocorreu.
Devido à paralisação das duas ETAs em meio à enchente do Rio Acre, pelo menos 300 mil moradores da capital Rio Branco ficaram sem fornecimento de água. A maior cidade do estado tem cerca de 380 mil habitantes, ou seja, praticamente toda a cidade ficou afetada.
Após o retorno do funcionamento das duas estações de tratamento de água de Rio Branco (ETAs I e II), o abastecimento da capital foi normalizado, segundo o Serviço de Água e Esgoto (Saerb), mesmo com a capacidade ainda abaixo de 100%.
A ETA I, que foi religada primeiro, é responsável por 40% do abastecimento de água na capital, porém bairros continuaram sem água em Rio Branco.
Informações G1