Juiz que julgou “Esquadrão da Morte” fala sobre importância da delação premiada na época

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O juiz Cloves Augusto Alves, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, afirmou durante entrevista à jornalista Gina Menezes, ao FolhaCast, podcast da Folha do Acre, que usou do acordo judicial chamado de delação premiada para condenar membros do “Esquadrão da Morte”, no final da década de 90, no estado do Acre.

Cloves contou à jornalista que o preso identificado como “Palito” o procurou e disse que queria falar sobre os crimes do “Esuqadrão da Morte”. Diante disso, o juiz sugeriu que o acusado fizesse uma delação premiada. Após a delação de “Palito”, outros membros do grupo organizado foram presos e condenados por vários crimes, entre eles homicídios e organização criminosa.

“Naquela época, em 1999, tínhamos o início de uma lei que falava acerca dessa colaboração premiada. Foi um instrumento que usamos para tentar seduzir pessoas que estavam dentro da organização criminosa ‘Esquadrão da Morte’ para que essas pessoas cooperassem com o Estado para combater o crime. No caso do ‘Palito’ ele disse que sabia quem matou, onde os corpos estavam, mas queria que sua pena fosse reduzida. Eu estava convicto de negar aquele direito, mas uma vez comentando com um amigo juiz ele disse que delação premiada é um oportunidade para abalar a estrutura da organização criminosa. Então diante disso, analisei o caso e podemos chegar a mais condenados”, disse.

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