O deputado estadual Emerson Jarude (NOVO) elogiou, em discurso na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (19), a Secretaria de Administração pela escolha de refeições mais simples para eventos do governo. Segundo uma pesquisa de preços publicada no Diário Oficial, caso haja necessidade de contratar empresas de buffet, o cardápio não contará com itens luxuosos como os da Casa Civil.
Jarude relembrou que, em fevereiro do ano passado, denunciou na tribuna o termo de homologação da Casa Civil para uma possível contratação de buffet no valor de R$ 526.479,65. Na época, o cardápio incluía pratos sofisticados como queijos finos, geleias, carpaccio de filé mignon, risoto de camarão, salmão, bacalhau, picanha e sobremesas como tiramisù, pavlova, suflê de chocolate belga, crème brûlée e manjar de pistache com calda de vinho do Porto.
“Vou avisar logo: quem comeu camarão, bacalhau e pavlova, comeu… quem não comeu, já era! Quero parabenizar a Secretaria de Estado de Administração que publicou uma pesquisa de preços para café da manhã, almoço e jantar, mas, para minha surpresa, com um cardápio bem diferente”, disse Jarude.
O deputado detalhou as novas opções: “No café da manhã: pão, manteiga, queijo e presunto. Almoço: arroz branco e frango gratinado. Jantar: filé ao molho madeira e, de sobremesa, apenas pudim. Tá ou não tá diferente do cardápio da Casa Civil do ano passado? Sumiram os camarões, o bacalhau, a picanha, o manjar de pistache, o filé à poivre (nunca vou aprender a falar isso…) e até a nossa favorita: a Pavlova”.
Outro ponto destacado por Jarude foi o veto integral do Governo do Estado ao Projeto de Lei nº 304/2024, de autoria do próprio Executivo. A proposta permitia que qualquer servidor, comissionado ou efetivo, ocupasse cargos de direção ou chefia no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre (Idaf).
Jarude foi o único entre os 22 deputados presentes a votar contra o projeto no ano passado. “Apesar da goleada de 21 votos a 1 que eu tomei aqui, o Governo vetou o projeto, reconhecendo as mesmas preocupações que eu alertei, como o risco de nomeações políticas, quando o ideal é que esses cargos sejam ocupados por servidores efetivos”, explicou.
Emerson Jarude finalizou afirmando que apesar de serem mudanças pequenas, o Estado parece estar ouvindo suas reivindicações. “Senhores, esse é um claro sinal de que finalmente estamos mudando esse governo”.