Gerlen contrata posto por R$ 11,6 milhões com dispensa de licitação e justifica: ‘Tudo regular, sou escravo da lei’

O prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz (PP), se pronunciou nesta terça-feira, 4, sobre as acusações de suposta irregularidade na contratação emergencial do Auto Posto Roselão para o fornecimento de combustível à prefeitura. A declaração foi feita em entrevista a uma rádio local, onde Diniz esclareceu os fatos e defendeu a legalidade do processo.

Segundo matérias veiculadas pela imprensa local, a Prefeitura de Sena Madureira firmou, em 29 de janeiro de 2025, um contrato emergencial no valor de R$ 11,6 milhões com o Auto Posto Roselão. O acordo, assinado por meio do processo de dispensa de licitação n° 0038/2025, tem vigência de 12 meses e, segundo as acusações, teria sido firmado com um posto que comercializa combustíveis a preços superiores aos demais estabelecimentos da cidade.

No entanto, o prefeito explicou que o contrato emergencial seguiu os trâmites legais, sendo precedido de um chamamento público para que empresas interessadas pudessem participar do processo.

“Houve uma publicação do edital, convocando as empresas interessadas em vender para a prefeitura de Sena Madureira. Foi uma contratação emergencial porque precisávamos comprar combustível para manter os veículos em funcionamento”, afirmou.

Diniz também justificou a necessidade da contratação emergencial, ressaltando que o serviço de coleta de lixo estava paralisado devido à falta de crédito da prefeitura junto ao posto que anteriormente fornecia o combustível.

“Sena Madureira estava tomada pelo lixo e pelo entulho porque há um mês não havia coleta. Isso aconteceu porque a prefeitura não tinha mais crédito no posto onde comprava combustível, devido a uma dívida de R$ 4,9 milhões. O posto simplesmente parou de fornecer”, explicou.

O prefeito enfatizou que sua administração segue estritamente a legislação vigente. “Eu sou um escravo da lei. Vou fazer tudo dentro da legalidade”, declarou.

Além disso, Diniz defendeu a liberdade de imprensa, desde que exercida com responsabilidade. Para ele, a publicação da matéria teve a intenção de prejudicar sua imagem e criar um clima de instabilidade na cidade.

“A imprensa tem que ser livre, tem que informar e ser o vigilante da sociedade. Mas também tem que agir com responsabilidade”, concluiu.