Comércio de Rio Branco inicia 2025 com otimismo cauteloso, aponta pesquisa

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Uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio em parceria com o instituto Data Control revela que o empresariado do comércio de Rio Branco inicia o primeiro semestre de 2025 com expectativas mistas. Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelos consumidores e do crescente endividamento da população, a maioria dos comerciantes mantém um otimismo cauteloso em relação às vendas nos primeiros seis meses do ano. De acordo com os dados levantados no dia 28 de janeiro de 2025, junto a 102 empresários do setor, 54,9% projetam um semestre positivo, enquanto 26,5% acreditam que o movimento se manterá estável. Já 17,6% demonstram pessimismo, e 1% preferiu não se manifestar.

A pesquisa também detalhou a participação dos diferentes segmentos comerciais em Rio Branco. O setor de vestuário representa a maior parcela, com 24,5% do comércio local, seguido pelo segmento de variedades (13,7%) e o de acessórios (12,7%). Outros segmentos incluem cosméticos (7,8%), móveis e eletrodomésticos (5,9%), supermercados (4,9%), produtos agropecuários (4,9%), materiais de construção (4,9%) e um conjunto diverso de outros setores, que juntos somam 20,7%.

Entre os temas abordados na pesquisa, a carga tributária foi analisada sob a ótica dos empresários. Para 76,2%, as mudanças não trarão benefícios significativos e podem, inclusive, resultar em aumento de impostos. Em contrapartida, 13,3% acreditam que haverá redução na carga tributária e maior facilidade contábil, enquanto 10,5% não emitiram opinião.

Sobre a desoneração da folha de pagamentos, 40,2% dos entrevistados são contrários à medida, apontando que ela beneficia principalmente empresas de grande porte. Por outro lado, 17,6% são favoráveis, reconhecendo a importância do incentivo fiscal. No entanto, 42,2% preferiram não se manifestar.

Desempenho de vendas em 2024 e perspectivas para 2025

Em relação ao desempenho das vendas em 2024, 45,1% dos empresários consideraram que o ano foi regular em comparação a 2023. Para 36,3%, houve uma melhora, enquanto 12,7% avaliaram o período como muito ruim. Apenas 5,9% relataram estabilidade total.

Para o primeiro semestre de 2025, 63,7% dos empresários esperam uma melhora na economia, enquanto 17,6% acreditam que haverá avanço, mas em ritmo lento. Outros 18,6% avaliam que não haverá melhora significativa.

Estratégias para aumento de vendas

Diante dos desafios do mercado, os empresários de Rio Branco apontam estratégias para impulsionar as vendas no primeiro semestre de 2025. Para 31,3%, o investimento em propaganda é a principal medida. Outras estratégias incluem melhoria na qualidade do estoque (20,7%), promoções (16,7%), redução de preços (12,7%), aumento de crédito para clientes (8%), ampliação de prazos para compras parceladas (7,3%) e premiação da fidelidade dos clientes (3,3%).

Os empresários também destacaram as ameaças para o setor no primeiro semestre de 2025. A “falta de dinheiro no mercado” é apontada por 35,5% como o principal entrave, seguida pelo endividamento da população (20,2%) e a carga tributária elevada (21,8%). Outros fatores incluem a violência urbana (4%), a concorrência do e-commerce (7,3%) e o comércio informal (4%).

Impacto da concorrência entre grande e pequeno porte

Quanto à concorrência entre grandes redes e pequenos comércios, 31,4% dos entrevistados consideram que o impacto é pequeno, especialmente para lojas de bairro que possuem uma clientela fidelizada. Em contrapartida, 27,5% consideram que a concorrência é prejudicial devido à maior capacidade de atração de clientes por parte das grandes redes, e 14,7% citam a ampla variedade de produtos oferecida pelas grandes empresas como um desafio. Outros 26,5% consideram a concorrência apenas uma ameaça relativa.

O assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, avalia o panorama econômico com uma visão analítica e detalhada: “O comércio de Rio Branco tem demonstrado resiliência e capacidade de adaptação em meio às incertezas econômicas. Embora a conjuntura macroeconômica imponha desafios substanciais, haverá, por premissa, crescimento apontado por mais da metade dos entrevistados é um indicativo de um provável aumento da confiança na dinâmica mercadológica local, apesar de que nos meses de novembro e dezembro de 2024, o grau de confiança do empresário do comércio ao nível nacional foi maior do que o observado em janeiro deste ano. O fortalecimento do consumo interno, aliado à implementação de estratégias eficazes de gestão, promoção e inovação, poderá consolidar um ciclo virtuoso para a economia do setor,” avaliou Garó.

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