Caso Fabrício: juiz do caso diz que ausência do corpo não impediu condenações e que vítima foi jogada no rio Acre

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O juiz de Direito da 3 Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, Cloves Augusto Ferreira, afirmou durante o quinto episódio do FolhaCast, apresentado por Gina Menezes, que o caso Fabrício foi um dos mais difíceis que ele já julgou e deu detalhes que embora públicos, por estarem na sentença, são desconhecidos da maioria das pessoas.

Fabrício Costa tinha tinha 16 anos quando foi visto pela última vez. Seu corpo jamais foi encontrado.

O juiz Cloves Augusto afirmou que os acusados declararam que Fabrício foi ferido com uma faca na beira do Rio Acre, caiu na água e desapareceu.

“Um dos sentenciados diz que ele foi ferido, caiu na água e ele disse à polícia, no depoimento, que lamentava que a família nunca teria um corpo para velar”, declarou.

Envolvo em mistérios, inúmeras versões e a ausência do corpo de Fabrício, que jamais foi encontrado, o juiz Cloves, 15 anos depois, continua convicto que a falta do corpo não impedia de julgar e condenar os acusados.

“A confissão e as demais provas deixavam claro que Fabrício havia sido assassinado. Tudo que tínhamos era suficiente para provar a autoria do assassinato”, declarou.

Condenado que se diz inocente após mais de uma década preso

A respeito da carta enviada à imprensa e às autoridades por Edivaldo Leite de Oliveira, onde alegou, em janeiro de 2025, inocência, o juiz Cloves Augusto diz que prefere seguir com a confissão do próprio sentenciado que confessou em depoimento que Fabrício foi esfaqueado e caiu no Rio Acre em seguida.

“Ele mesmo confessou à polícia assim que foi preso”, declarou.

O advogado Marco Aurélio que participou do mesmo episódio do FolhaCast afirmou que para que um processo como este do caso Fabrício fosse revisado seria necessário a apresentação de novas provas.

“Teria que provar algo que mudasse tudo e fosse possível pedir a revisão da sentença”, declarou.

Caso Fabrício: 13 anos antes 

Há 13 anos, o Juiz Cloves Augusto sentenciou, em dezembro de 2012,  condensou os réus Leonardo Leite de Oliveira (o “Doidinho”) e Edvaldo Leite de Oliveira (seu irmão) a penas que somadas totalizam 58 anos de prisão. Eles foram acusados de seqüestrar e matar o estudante Fabrício Augusto Souza da Costa, em março de 2010. O adolescente tinha apenas 16 anos.

À época, Cloves Ferreira considerou que “a decisão representa a efetividade da Justiça e uma resposta não apenas à família da vítima, mas também à sociedade, de que o crime não ficou impune”.

Leonardo Leite de Oliveira foi condenado a uma pena de 30 anos de prisão em regime fechado, pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menor.

Já o seu irmão, Edvaldo Leite de Oliveira, foi condenado a uma pena de 28 anos de reclusão também em regime fechado e pelos mesmos crimes.

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