Bittar critica denúncia da PGR contra Bolsonaro: ‘O sistema não aceita que ele exista’

Em resposta à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador pelo Acre, Márcio Bittar, manifestou-se veementemente em defesa do líder político. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Bittar criticou as acusações e sugeriu a promoção de uma anistia no Congresso Nacional.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou formalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. A acusação, que inclui crimes como liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, baseia-se em um extenso conjunto de provas, incluindo documentos, mensagens e depoimentos

No vídeo, Bittar inicia afirmando que a denúncia era esperada: “A PGR ontem cumpriu o que já esperávamos.” Ele critica o procurador-geral Paulo Gonet e membros do Supremo Tribunal Federal por, segundo ele, promoverem uma narrativa infundada de golpe: “O Gonet, assim como o ministro do Supremo Tribunal Federal, ao insistirem na narrativa de golpe, promovem a maior fake news de todos os tempos.”

O senador argumenta que o sistema político brasileiro não aceita Bolsonaro, destacando sua trajetória política sem envolvimento em escândalos de corrupção: “O que ocorre no Brasil é que o sistema não aceita Bolsonaro. Alguém que foi deputado várias vezes e nunca teve o seu nome ouvido em corrupção.” Bittar ressalta a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018, mesmo sem recursos tradicionais de campanha: “Alguém que se elegeu presidente da República com um partido inexistente, sem tempo de televisão, sem fundo partidário, sem esquemas regionais, ganhou eleição.”

Além disso, Bittar elogia a gestão de Bolsonaro frente a desafios como a pandemia e crises internacionais: “Alguém que enfrentou pandemia e guerra e entregou o Brasil melhor do que o que recebeu, fazendo reformas importantíssimas no país.”

O senador enfatiza que não aceitará a remoção de Bolsonaro do processo político de maneira forçada e propõe uma anistia: “Nós não vamos descansar e nem aceitar que retirem o presidente Bolsonaro na marra do processo eleitoral. Vamos promover a anistia no Congresso Nacional.”

A PGR alega que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que planejou e executou ações para manter-se no poder, independentemente do resultado eleitoral. Entre as principais provas apresentadas estão um plano detalhado intitulado “Desenho Op Luneta”, encontrado em um pendrive atribuído ao tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, descrevia as etapas de implementação do golpe, incluindo a decretação de Estado de Sítio e a neutralização de autoridades públicas

Durante as investigações também foi encontrada uma minuta de decreto que previa a anulação das eleições e a prisão de ministros do STF, como Alexandre de Moraes, foi encontrada em dispositivos eletrônicos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O documento teria sido apresentado a representantes das Forças Armadas em dezembro de 2022