Acre lidera incidência de dengue no país e registra 85% do total de casos de 2024 em 51 dias

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Apesar de em 2024 ter ficado de fora do pódio de estados com maiores taxas de incidência de dengue, o Acre começou 2025 liderando o ranking nacional. Desde a primeira semana do ano, o estado está em primeiro lugar em quantidade de casos prováveis da doença por 100 mil habitantes. Em 51 dias, o Acre já registrou 85% do total de casos do ano passado.

Ano passado, o Brasil teve o pior ano da dengue da história. Foram mais de 6,6 milhões de casos e 6.216 mortes confirmadas, sendo que outras 489 ainda estão em investigação. O Acre chegou ao fim do ano em 13º lugar na lista de incidência da doença, com 769,9 casos por 100 mil habitantes. O Distrito Federal, Minas Gerais e o Paraná ficaram com as maiores taxas.

Em 2025, contudo, o estado da região Norte do país começou à frente e se mantém na posição. Atualmente, são 661,3 casos registrados por 100 mil habitantes — 5.824 em números absolutos. O estado decretou emergência em saúde pública por causa da dengue em 9 de janeiro. O recorde de casos no Acre foi em 2021, com 14.023, mais que o dobro de 2024 (6.780).

O secretário adjunto da secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Cunha, explica que a dengue tem perfil sazonal, com ocorrência que “oscila de região para região, de ano a ano”.

Ele justifica o aumento de casos no Acre pelas mudanças climáticas, que criaram períodos chuvosos e temperaturas elevadas — “dois fatores que têm ligação intrínseca com a proliferação do Aedes aegypti” —, e pela rotatividade de diferentes sorotipos da doença.

“Relativamente, são poucos casos, mas como a população é baixa, esse coeficiente fica elevado, sobretudo em localidades como Cruzeiro do Sul e Rio Branco”, detalha.

Segundo a Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Acre, a alta quantidade de registros também pode ser associada ao aumento das testagens e melhoria nos programas de vigilância que identificam os casos.

A pasta ressalta que está atenta ao aumento de casos e continua o monitoramento e controle da circulação do mosquito transmissor.

Com informações R7

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