Sinjac apoia revisão da decisão do STF sobre exigência de diploma para jornalistas

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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac) manifestou total apoio às declarações de Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), nesta quinta-feira, 23, em defesa da revisão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2009, extinguiu a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.

As declarações de Samira ocorreram após o ministro e atual presidente do STF, Luiz Roberto Barroso, afirmar, durante uma visita à Suíça, que “com a ascensão das redes sociais e das plataformas digitais, o Brasil nunca precisou tanto de uma imprensa de qualidade.”

Em vídeo divulgado pela Fenaj, Samira destacou que, embora a fala do ministro reconheça a importância de um jornalismo qualificado no combate à desinformação e à polarização, a decisão de 2009, que dispensou a formação acadêmica para jornalistas, enfraqueceu a profissão e contribuiu para a banalização da atividade. Segundo ela, o cenário atual, marcado pelo crescimento das redes sociais e pela disseminação de fake news, reforça a necessidade de repensar essa medida.

“Eu sou repórter e estou na presidência da Fenaj. Estou aqui hoje para dialogar sobre a fala do ministro Luiz Roberto Barroso, que afirmou que o Brasil nunca precisou tanto de uma imprensa de qualidade. O que eu concordo, mas ressalto que precisamos de profissionais qualificados para atuar nesse contexto”, disse Samira.

O presidente do Sinjac, jornalista Luiz Cordeiro, reforçou o posicionamento, destacando que a formação acadêmica é essencial para assegurar a ética, o compromisso com a verdade e a responsabilidade social do jornalismo. “A decisão de 2009 não levou em consideração os desafios que enfrentamos hoje com as redes sociais e o aumento da desinformação. Uma formação adequada é indispensável para garantir um jornalismo de qualidade e responsável”, afirmou Cordeiro.

A manifestação do Sinjac soma-se a um movimento nacional de entidades ligadas ao jornalismo que questionam a decisão do STF e pedem sua revisão, diante de um mercado cada vez mais impactado por dilemas éticos e pela falta de regulamentação adequada.

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