Nesta terça-feira (28), às 11h30, o secretário de Saúde de Rio Branco, Rennan Biths, concedeu uma coletiva de imprensa para abordar as ações de combate às arboviroses na capital acreana e esclarecer detalhes sobre o programa Aedes do Bem, que utiliza uma tecnologia inovadora para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
O secretário reconheceu o aumento de casos de arboviroses nos últimos meses e destacou a relação com o período chuvoso característico da região amazônica. “Nós estamos monitorando, nós estamos com a nossa equipe de vigilância acompanhando esse momento que é sazonal, que é tradicional também da região amazônica, que quando começam as chuvas você tem o aumento das arboviroses, especialmente percorrente do aumento dos vetores, que é o mosquito Aedes aegypti.”
Estratégias de combate
Biths afirmou que, em dezembro de 2024, a prefeitura deu início a uma mobilização baseada nos dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). “Então o LIRA apontou algumas regiões da cidade que tinham uma grande incidência e, a partir daí, a gente entrou com esse trabalho de limpeza, que é uma das estratégias apropriadas para a questão da redução do vetor.”
Entre as ações destacadas está o Aedes do Bem, programa que já foi implementado em outras regiões do Brasil com resultados positivos. No entanto, o secretário esclareceu que o processo em Rio Branco ainda está em fase inicial. “Além disso, nós temos também outras ações que são implementadas e, dentre elas, uma ação inovadora, que algumas regiões do Brasil já têm implementado e têm apresentado uma eficácia, que é o programa Aedes do Bem. Então a prefeitura realizou a contratação desse material e nós ainda estamos em fase de implantação, de execução. Então esse material não foi ainda exposto ao meio ambiente.”
Ele também explicou a dinâmica da tecnologia. “O mosquito fêmeas, porque o vetor mesmo dos vírus é o mosquito do sexo feminino. Então, essa tecnologia faz com que a população de mosquitos fêmeas diminua dentro do raio de implantação. Mas isso leva um determinado tempo.”
O secretário ressaltou que o programa exige repetição em ciclos para que seja eficaz. “Um determinado tempo, é por isso que tem que ter um cronograma de implementação. Então você aplica o produto, aí depois de um ciclo você precisa repetir a aplicação na mesma região porque o mosquito convive num raio determinado. Então o mosquito que nasce naquela região, ele vive num raio determinado. Então você vai ficar repetindo esse prosseguimento até toda a população desse raio ser atingida pela influência dessa”.
Biths concluiu destacando que a prefeitura segue monitorando as áreas críticas e reforçando as ações de combate ao Aedes aegypti para proteger a população de Rio Branco.