O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) divulgou nesta segunda-feira (29) uma nota pública denunciando o que classifica como “grave injustiça” contra professores e funcionários da rede estadual de ensino. A entidade alerta que, caso não haja recomposição da tabela salarial até o dia 3 de fevereiro, a categoria não dará início ao ano letivo de 2025.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores da educação vêm acumulando perdas salariais expressivas desde 2022. Naquele ano, os salários dos professores foram reduzidos de 90% para 63%, enquanto os dos funcionários das escolas caíram para 49%. Segundo cálculos do Sinteac, o impacto acumulado já chega a R$ 100 mil para servidores ativos e aposentados.
A entidade sindical também aponta que a defasagem salarial tem levado muitos profissionais ao endividamento, afetando o pagamento de despesas essenciais como planos de saúde, medicamentos e alimentação.
O Sinteac afirma que houve uma redução das referências das tabelas salariais de 10% para 7%, o que teria gerado uma economia de R$ 150 milhões em três anos, às custas dos servidores da educação.
Outro ponto contestado pela categoria é o reajuste de 33,24% concedido em 2022. O sindicato reconhece que o aumento foi aplicado, mas ressalta que o percentual foi determinado por lei federal e que, paralelamente, foram retirados 34% das tabelas salariais, anulando qualquer ganho real.