A posse do vereador Rosildo Cassiano Corrêa (PSD) como presidente da Câmara Municipal de Porto Walter, no dia 1º de janeiro, foi marcada por tensão e protestos. Acusações levantadas pela vereadora Cleide Silva geraram um embate que movimenta o cenário político local.
Cleide afirmou que Rosildo estaria impedido de assumir o cargo devido à suspensão de seus direitos políticos, apontando para uma condenação judicial. Em resposta, o presidente da Câmara alegou não ter sido notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou pela Justiça sobre qualquer impedimento. “Se houvesse algo que barrasse minha posse, a Justiça teria me notificado diretamente, e não a ela”, declarou.
Segundo Rosildo, a resistência de Cleide em dar continuidade à cerimônia de posse intensificou os ânimos. Diante do impasse, o vereador Radí Telles foi escolhido para conduzir a sessão, oficializando sua posse. Cassiano ressaltou que cumpriu os requisitos legais relacionados a um processo judicial anterior e afirmou não ter intenção de recorrer da decisão.
Apesar das críticas, Rosildo destacou que sua eleição como presidente da Câmara foi legítima, recebendo o apoio de seis dos nove vereadores. Ele afirmou buscar exercer o mandato com responsabilidade e lealdade, apesar do histórico controverso envolvendo sua condenação por violência doméstica.
Impasse jurídico e reações políticas
Após a solenidade, Cleide Silva protocolou um requerimento solicitando a anulação da posse de Rosildo. No documento, ela argumenta que condenações que resultam na suspensão de direitos políticos tornam o vereador inelegível para cargos eletivos. O requerimento inclui pedidos de intervenção do Ministério Público e do TRE para apurar a legalidade do ato.
A oposição anunciou que buscará medidas judiciais para contestar a eleição de Rosildo à presidência da Câmara. Enquanto isso, o caso segue sob intenso escrutínio, gerando debates sobre os limites da elegibilidade e os desdobramentos para a gestão da Câmara de Porto Walter.
Com informações do Juruá Online