Porto Velho (RO) enfrenta onda de violência após execução de policial militar por facção criminosa

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

A capital de Rondônia vive um cenário de tensão e insegurança desde a noite de segunda-feira (13), quando a execução do cabo da Polícia Militar Fábio Martins desencadeou uma onda de violência pela cidade. A morte do policial, vítima de uma emboscada atribuída a uma organização criminosa, gerou uma série de ataques, incluindo incêndios a ônibus e intensas trocas de tiros em diferentes regiões.

De acordo com a Polícia Militar, o cabo foi alvejado com cinco tiros na cabeça enquanto atendia a um suposto chamado no Residencial Orgulho do Madeira, na zona leste da cidade, onde morava. A arma do militar foi levada pelos criminosos, que ainda explodiram um totem de segurança instalado no condomínio.

Clima de terror e ataques coordenados

Logo após o assassinato, mensagens atribuídas a uma facção criminosa começaram a circular nas redes sociais, ordenando ataques a alvos estratégicos, como veículos de transporte público e comarcas judiciais. Entre as ameaças, estava a tentativa de paralisar o fornecimento de energia elétrica em todo o estado.

Na noite de segunda-feira, pelo menos dois ônibus foram incendiados em diferentes pontos da cidade, segundo relatos de moradores. Em uma das ações, homens armados interceptaram o veículo, ordenaram que os passageiros descessem e atearam fogo. Não houve registro de feridos nesses ataques.

Além dos incêndios, a Polícia Militar confirmou ocorrências de tiroteios em bairros periféricos, que deixaram uma mulher baleada e um civil morto.

Ação das forças de segurança

Com a escalada da violência, as forças de segurança intensificaram as operações em Porto Velho. Policiais militares e civis realizam varreduras em locais suspeitos e montaram barreiras em pontos estratégicos para tentar conter novos ataques.

Impacto na rotina da cidade

A sensação de insegurança levou à suspensão de aulas em escolas públicas e privadas nesta terça-feira (14). Empresas de transporte público reduziram a frota de ônibus em circulação, especialmente no período noturno, como medida preventiva.

Comerciantes relataram queda no movimento, e muitos fecharam as portas mais cedo, temendo novos ataques. “A gente não sabe o que pode acontecer. Prefiro fechar e preservar a segurança dos meus funcionários”, disse um empresário dono de uma loja na zona sul de Porto Velho que preferiu não se identificar.

O caso do cabo Fábio Martins

Fábio Martins era morador comunidade do Orgulho do Madeira e segundo testemunhas, ele foi atraído ao local do crime por duas mulheres que pediram ajuda para verificar uma suposta situação de risco. Ao chegar, foi surpreendido por um criminoso armado escondido sob uma escada, que atirou contra ele.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp