Juíza que negou liberação de motoboys e superintendente da RBTrans são ameçados de morte

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Mensagens ameaçadoras contra a juíza Zenair Ferreira Bueno e o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, causaram apreensão nesta quinta-feira (30). A magistrada negou liminar pedida por motoboys contrários à proibição do transporte de passageiros por aplicativo, decisão que desencadeou reações violentas em um grupo de mensagens com mais de 460 membros.

Em conversas obtidas pelo portal ac24horas, dois indivíduos sugeriram represálias contra Vilas Boas e sua família, além de hostilizar a juíza. Um dos participantes afirmou: “Não é o Rio de Janeiro não, mas tem que mostrar, fazer acontecer. Eles estão desacreditando da nossa categoria. Vamos botar pra cima, se ninguém acreditar, nós vamos tocar fogo num órgão público desse aí […] de 100% de moto Uber, 80% é pai de família. Tem que fazer uma figurinha desse bicho aí [Clendes Vilas Boas] e botar um cartaz com a foto dele ‘decretado’”.

Outro integrante sugeriu métodos mais extremos, afirmando: “Botar cheio de pneu assim em volta dele e lascar fogo”. Em seguida, o mesmo participante reiterou: “Não é acordo com político não, nós fazemos acordo é com bandido, porque o político não cumpre não […] tem que tocar é fogo mesmo, partir pra cima e mostrar pra prefeitura que a gente não tá de brincadeira, descobrir o endereço dessa juíza aí, tocar o terror nela e nesse bicho aí [Clendes]”.

Por fim, um dos envolvidos comentou sobre a necessidade de atingir familiares do superintendente: “Tem que descobrir onde o filho dele estuda pra nós enquadrar direitinho do psicológico [sic]”.

A reação negativa dentro do próprio grupo levou alguns participantes a repreenderem os autores das ameaças e desencorajarem atos violentos.

Vilas Boas lamentou os ataques e reforçou que seu trabalho é institucional. “Sempre estive aberto ao diálogo. Se algo acontecer, outro ocupará meu lugar e seguirá o mesmo trabalho”, afirmou. O superintendente agora recebe acompanhamento de agentes do gabinete militar da Prefeitura de Rio Branco.

A assessoria do Tribunal de Justiça do Acre informou que acompanha a situação e deverá se manifestar oficialmente em breve.

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