Os irmãos Wanderson Santos de Lima, conhecido como “Magrim”, e Edirlan dos Santos Lima, o “Negueba”, foram condenados pelo assassinato do indígena Saide Pereira Lampião Jaminawa, de 39 anos. A sentença foi proferida nesta quarta-feira, 22, pelo conselho de sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri, durante sessão realizada no Fórum Criminal de Rio Branco.
O crime aconteceu na madrugada de 24 de janeiro de 2023, na residência da vítima, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo. Criminosos armados invadiram a casa de Saide, que trabalhava como vendedor de pipocas, e o executaram na presença de sua esposa, sem dar-lhe chance de defesa.
De acordo com o promotor Ildon Maximiano, Edirlan exercia liderança em uma organização criminosa, atuando como “dono da área” e controlando quem poderia ou não residir na região. O Ministério Público do Acre sustentou que Edirlan foi o mandante do crime, tese que foi aceita pelo júri.
Edirlan foi condenado a mais de 42 anos de prisão, enquanto Wanderson, que confessou ser o autor da execução, recebeu uma pena de mais de 22 anos de reclusão. O juiz determinou que ambos cumpram a pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
A defesa dos condenados ainda pode recorrer da decisão.