Dentista propõe criação de aplicativo local para legalização do transporte por moto em Rio Branco

O dentista Júnior Nascimento, demonstrando solidariedade à situação enfrentada pelos motoubers, com relação ao impasse entre os trabalhadores da classe e a gestão municipal, uniu-se à categoria em busca de uma solução para a regulamentação do transporte por aplicativo de moto na capital acreana. Nos últimos dias, ele e representantes da classe procuraram o poder público municipal para propor alternativas que contemplem os trabalhadores do setor.

Uma das principais propostas apresentadas por Nascimento, em alinhamento com os motoubers, foi a criação de um aplicativo local, sob gestão da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans). O objetivo seria minimizar os conflitos entre os motociclistas e a prefeitura, além de criar uma fonte de arrecadação municipal.

“Minha participação nessa reunião foi justamente para sugerir essa ideia, em conjunto com as reivindicações dos trabalhadores. Um aplicativo local gerido pelo poder público permitiria que esses profissionais se tornassem contribuintes, já que plataformas como Uber, Maxim e 99 enviam milhões para fora do estado. Com a arrecadação local, poderíamos reverter isso em receita, o que beneficiaria o município”, destacou o dentista.

O dentista informou ainda que a proposta visa não somente contemplar os motoubers, mas também profissionais que trabalham em carros, motofrete, carro de frete e diversas outras categorias. Além disso, dentro do app poderá ter funcionalidades também no transporte coletivo de passageiros.

Nascimento também ressaltou os benefícios da proposta e a necessidade de um debate mais amplo para aprimorá-la. “Muitos são os benefícios que por aqui não teria como descrever todos, mas o projeto é complexo e com certeza precisará passar por refinamentos através de debates e discussões. O certo é que muitas pessoas que estão desempregadas no nosso estado poderiam usar a livre iniciativa neste sentido.”

Ele ainda expressou indignação com a apropriação indevida da proposta por parte de políticos. “Já tem vereador dizendo que essa ideia é dele e que vai apresentar o projeto. Mas nós temos como provar que isso já estávamos amadurecendo antes”, afirmou.