Em mais um passo importante para a proteção de mulheres no Acre, a vice-governadora Mailza Assis, ao lado da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, entregou o Centro de Referência da Mulher Brasileira, no bairro Formoso, em Cruzeiro do Sul, na manhã desta quarta-feira, 22. É a primeira unidade no estado e também na Região Norte.
Com investimento superior a R$ 2,2 milhões, a estrutura é uma das principais ferramentas do governo federal para proteger mulheres vítimas de violência no Brasil.
Mailza Assis destacou que a presença da ministra fortalece os dados entre os poderes na luta contra o feminicídio: “Agradecemos essa visita e esperamos a ampliação de políticas que tragam essa segurança para as mulheres acreanas. Este espaço aqui, construído em Cruzeiro do Sul, vai ser levado a outros municípios, e já está sendo construído em Epitaciolândia, além da construção da Casa da Mulher Brasileira, em Rio Branco”, informou.
A estrutura física acolhedora e segura tem o objetivo de receber as mulheres e meninas vítimas de violência. Além disso, a inauguração do prédio representa um avanço e conquista para implementação de políticas públicas voltadas para mulheres. Também foi entregue um veículo proveniente de emenda parlamentar de Mailza Assis quando senadora.
Com recursos estaduais e federais, o custo da construção foi de R$ 1,9 milhão; de equipamento, R$ 60 mil e da caminhonete, R$ 295 mil. A gestão estadual destacou que esses avanços só são possíveis devido à união com o presidente Lula, a bancada federal e o Poder Legislativo.
As mulheres somam mais da metade da população do estado, que também ostenta um percentual significativo de pessoas do gênero à frente de sua gestão e dos serviços públicos.
O combate ao feminicídio tem sido uma das principais bandeiras na gestão de Gladson Cameli. A união entre Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público e Tribunal de Justiça, além da sociedade civil organizada, tem gerado impactos positivos, como a redução de 43% dos casos de feminicídio entre 2018 a 2024.
“Buscamos o feminicídio zero e esse é o instrumento mais forte que temos no momento, na repressão, na proteção da mulher, e também na valorização, na busca de conseguir trazer para a mulher a profissionalização, a garantia dos direitos, para que ela consiga ter independência, ter os seus direitos garantidos e sair do ciclo de violência, voltando-se para a sociedade muito mais empoderada e digna de uma vida sem violência no lar. Essa é a busca que nós pretendemos”, enfatizou a vice-governadora.
O centro é um dos eixos do Programa Mulher Viver sem Violência, retomado pelo Ministério das Mulheres em março de 2023. O foco está no atendimento multidisciplinar e humanizado às mulheres, com apoio psicossocial e jurídico.
Além de acolher, a unidade é responsável por criar oportunidades para a reconstrução de vidas por meio do ensino de profissões que possam garantir a independência dessas mulheres.