Caso Fabrício: Condenado por morte de jovem desaparecido em 2010 escreve carta pedindo revisão de sentença e clama por justiça

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Após 12 anos e sete meses preso, Edivaldo Leite de Oliveira, condenado pelo desaparecimento e morte do jovem Fabrício Costa, em 2010, enviou uma carta às autoridades locais e nacionais pedindo uma revisão de sua sentença. Ele se declara inocente e solicita a intervenção do Poder Judiciário, da Defensoria Pública e de organismos de direitos humanos.

Edivaldo foi condenado, junto com seu irmão, Leonardo Leite de Oliveira, a mais de 30 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Fabrício Costa desapareceu há 14 anos, e até hoje seu corpo nunca foi encontrado, tornando o caso um dos mais polêmicos da época.

Na carta, Edivaldo afirma que não tem condições de contratar uma defesa particular, o que tem impactado o processo. Ele também diz estar pagando por um crime que não cometeu e pede que o verdadeiro culpado seja responsabilizado.

Peço a manifestação dos direitos humanos da Defensoria Pública, pois, não tenho condição financeira para obter um advogado particular para fazer minha defesa. Por conta disso, vivi anos da minha vida calado durante 12 anos e sete meses, mais de uma década da liberdade da minha vida”, escreveu Edivaldo na carta.

O homem, que se considera injustiçado, também declarou: “Hoje, clamo por justiça, pois todas as injustiça que sofri, durante anos pagando pelo crime que até então não tinha conhecimento de que havia feito. E durante muito tempo em busca de resposta do verdadeiro responsável. […] Não vou ficar mais calado diante de tamanha injustiça porque, enquanto eu pago por um crime que não cometi, o verdadeiro culpado está solto.
O caso Fabrício Costa

O desaparecimento de Fabrício Costa, em 2010, gerou grande repercussão na época. Segundo as investigações, ele teria sido vítima de latrocínio, com ocultação de cadáver, supostamente cometidos por Edivaldo e Leonardo, que, à época, também foram acusados de corrupção de menor.

Embora as provas circunstanciais tenham levado à condenação dos irmãos, a ausência do corpo da vítima sempre gerou questionamentos. A defesa de Edivaldo, à época, argumentou que não havia elementos materiais suficientes para sustentar sua participação no crime.

Edivaldo pede que as autoridades reavaliem o caso, ressaltando a importância de garantir justiça. Ele busca o apoio da Defensoria Pública e de organizações de direitos humanos para conseguir uma revisão processual que, segundo ele, poderia trazer a verdade à tona.

Veja a carta:

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