Um candidato ao concurso da Polícia Penal do Acre, que prefere não se identificar, relatou à reportagem da Folha do Acre sua exclusão na fase de investigação social do certame, sob circunstâncias que considera injustas e incoerentes. Segundo ele, a eliminação foi baseada em um processo judicial que já havia sido extinto e revogado.
“Eu estava em todas as etapas do concurso, cheguei na fase de investigação social, e fui eliminado por um processo que nem existe mais. Está extinto, revogado. Eu não consigo entender o critério usado para justificar essa eliminação”, desabafou o candidato.
De acordo com seu relato, a situação é ainda mais confusa diante de casos de outros candidatos que foram aprovados, mesmo com históricos que ele considera mais graves. “Tenho amigos que foram eliminados por processos prescritos, enquanto há candidatos com antecedentes por desacato, lesão corporal, até Lei Maria da Penha, que foram considerados aptos. Outros, com casos de embriaguez ao volante, estão aprovados”, apontou.
O candidato afirma que consultou seus antecedentes criminais e não encontrou qualquer registro que pudesse justificar sua eliminação. Além disso, destacou que nunca enfrentou problemas em seus locais de trabalho anteriores. “Meu processo nem era criminal, e nem houve representação por parte da minha ex. Mesmo assim, fui eliminado. Isso me parece uma injustiça. Fica parecendo que eles foram parciais, ou simplesmente não foram com a minha cara.”
Medidas tomadas pelo candidato
Diante da eliminação, ele informou que já entrou com um recurso administrativo e aguarda uma resposta. Caso o recurso não seja acatado, planeja levar a questão para a esfera judicial. “Eu entrei com recurso administrativo, estou esperando as esferas, e, se caso não der certo, vou entrar com a via judicial. Mas eu queria entender qual foi o motivo deles para aprovar alguns candidatos e indeferir outros”, afirmou.
Candidatos eliminados buscam explicações e justiça
O candidato enfatiza sua determinação em buscar explicações formais junto à organização do concurso e lutar por seus direitos. “Quero saber o critério que usaram. Se permitiram que outros candidatos com processos mais graves continuassem, por que fui indeferido? Houve injustiça, e não vou desistir de lutar pelo que é certo.”
A Folha do Acre entrou em contato com o IAPEN, mas até o fechamento desta matéria o órgão não havia se manifestado sobre a denúncia. O espaço segue em aberto.