Após repercussão, Justiça decreta prisão preventiva do acusado de atacar mulher no Horto Florestal em Rio Branco

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Foto/Reprodução

O juiz Clóvis de Souza Lodi, da Vara Estadual do Juiz das Garantias de Rio Branco, determinou nesta segunda-feira, 13, a prisão preventiva de Guilherme Silva da Cruz, acusado de agredir violentamente uma servidora pública de 50 anos no último sábado, 11, durante uma caminhada no Parque Horto Florestal. A decisão do magistrado contraria o entendimento da juíza plantonista Joelma Ribeiro Nogueira, que havia concedido liberdade provisória ao acusado no domingo, 12, após o promotor plantonista Rogério Voltolini Muñoz enquadrar o caso como lesão corporal, descartando tentativa de estupro.

Após ampla repercussão do caso, a promotora de justiça Nelma Araújo Melo de Siqueira, da 1ª Promotoria Criminal de Rio Branco, apresentou na tarde desta segunda-feira um recurso contra a decisão anterior. A promotora argumentou que os elementos dos autos indicam uma tentativa de estupro frustrada por circunstâncias alheias à vontade do acusado.

De acordo com Nelma, a vítima ficou inconsciente após ser agredida, mas recobrou a consciência e percebeu que a sua pochete estava amarrada em seu pescoço. Ela conseguiu se desvencilhar, lutou contra o agressor e gritou por socorro, o que o levou a fugir. A promotora destacou ainda que a ação foi presenciada por uma testemunha, que confirmou que o acusado fugiu após os gritos da vítima. Além disso, Guilherme estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e já possui antecedentes pelo mesmo crime cometido em 2021, próximo ao local do ataque atual.

Ao acolher o recurso e decretar a prisão preventiva, o juiz Clóvis Lodi destacou a gravidade do caso e a necessidade de preservar a ordem pública e a segurança da vítima. “O investigado agiu com extrema violência, deixando a vítima desacordada e com hematomas no rosto, utilizando sua pochete para pressionar seu pescoço, demonstrando alto grau de periculosidade. A prisão preventiva é a única medida eficaz para evitar a reiteração criminosa e garantir a segurança pública, especialmente em um local frequentado por mulheres, crianças e famílias”, afirmou Lodi em sua decisão.

Outra mulher relata abordagem suspeita do acusado no mesmo local dias antes do ocorrido

Após a repercussão do caso, outra mulher afirmou ter sido abordada pelo mesmo homem dias antes do crime. A denúncia foi publicada nesta segunda-feira, 14, pelo jornal A Gazeta do Acre.

De acordo coma reportagem, a mulher, que preferiu não se identificar, reconheceu o suspeito, Guilherme da Silva Cruz, de 24 anos, por meio de fotos divulgadas na imprensa. Ela relatou que na quarta-feira, 8, enquanto fazia uma chamada de vídeo sentada na raiz de uma árvore no parque, percebeu a aproximação de um homem estranho.

“Ele ficou parado a uns quatro metros, supostamente falando ao telefone. Como percebi que ele não ia sair, levantei e fui para o outro lado da clareira”, contou. A mulher acrescentou que o homem foi atrás dela e fez afirmações desconexas, dizendo que um homem queria machucá-la e que tinha tido uma “visão” ruim. “Disse que estava se tremendo todo porque o que viu perto de mim foi muito ruim.”

Para ela, o comportamento do suspeito foi um sinal claro de suas intenções criminosas. “Tudo que ele disse que essa sombra queria fazer comigo foi o que ele tentou fazer com a mulher atacada no sábado. Ele já estava me observando e me abordou para me deixar vulnerável. É um sujeito perigoso”, afirmou.

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