Entre 2016 e o início de 2025, o Acre contabilizou 51 ocorrências envolvendo aeronaves, sendo 13 acidentes, 11 incidentes graves e 27 incidentes, de acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Os dados revelam que falhas ou mau funcionamento de sistemas e motores foram as principais causas, representando 31 casos. Outros fatores recorrentes incluem colisões com aves, excursões de pista e problemas relacionados a aeródromos.
Táxi aéreo lidera em registros
As operações de táxi aéreo foram as mais afetadas no período, com 18 ocorrências. Em seguida, aparecem operações privadas, com 13 registros, e voos regulares, com 11 casos.
O ano de 2024 foi o mais crítico, com 1 acidente, 1 incidente grave e 10 incidentes registrados. Já em 2023, ocorreram 3 acidentes e 4 incidentes.
Acidente mais trágico
O episódio mais grave aconteceu em março de 2024, quando um avião de pequeno porte, modelo Cessna Skyline 182, caiu em uma fazenda no município de Manoel Urbano. O comerciante peruano Sidney Estuardo Hoyle Vega morreu no local. As outras duas vítimas, Suanne Camelo e Amélia Cristina Rocha, faleceram posteriormente devido aos ferimentos.
Monitoramento e prevenção
Os dados são provenientes do Painel SIPAER, ferramenta desenvolvida pelo Cenipa para monitorar ocorrências aeronáuticas no Brasil. Além de investigar os acidentes, o órgão busca aprimorar a segurança na aviação civil, emitindo relatórios que subsidiam ações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
As estatísticas reforçam a necessidade de atenção às normas de segurança, especialmente em operações de táxi aéreo, que desempenham papel essencial em regiões de difícil acesso como o Acre.