Acre registra 13 mortes por covid-19 em janeiro e acende alerta para grupos de risco

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A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou um novo boletim epidemiológico apontando um aumento preocupante nos casos de covid-19 no estado. Apenas na quarta semana de janeiro de 2025, foram registrados 2.385 novos casos e 12 óbitos confirmados. Com a atualização mais recente, o total de mortes pela doença no mês chegou a 13.

De acordo com a coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Acre, Renata Quiles, a maioria dos óbitos ocorreu entre pessoas que pertenciam aos grupos de risco. “Entre as vítimas, tivemos idosos, a maioria mulheres, com associação de comorbidades. Esse público demonstra maior fragilidade quando acometido pela doença”, destaca.

Desde 2023, o estado contabilizou 58 mortes por covid-19, sendo que mais de 65% das vítimas tinham mais de 60 anos. Entre os óbitos registrados, 28 eram do sexo masculino e 30 do feminino. Além disso, o levantamento aponta que mais de 67% das vítimas possuíam hipertensão e diabetes, enquanto cerca de 32% não apresentavam histórico de doenças prévias.

Além do impacto das mortes, Renata Quiles reforçou que a covid-19 pode deixar sequelas mesmo em casos leves. “A doença nunca passa pelo organismo sem causar algum dano. Seja com sintomas graves ou sem perceber, a infecção pode deixar sequelas a longo prazo”, alerta.

Municípios afetados

Entre as cidades que registraram óbitos por covid-19 em janeiro, Feijó e Tarauacá contabilizaram dois casos cada. Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Xapuri e Capixaba registraram um óbito cada. Já Rio Branco, a capital, teve quatro mortes, somando 1.957 casos confirmados até esta quarta-feira.

A coordenadora municipal de Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins, destacou que, apesar de uma leve tendência de queda nos casos, o número de óbitos ainda preocupa. “Tivemos um aumento expressivo em dezembro, quando, em uma única semana, registramos mais de 900 casos confirmados e algumas mortes. Em 2025, há uma redução leve, mas os óbitos continuam sendo uma preocupação. Já são quatro só na capital, um número superior ao dos últimos meses de 2024”, explica.

Medidas de prevenção continuam essenciais

Mesmo com a vacinação em dia, as autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção para evitar novos casos e óbitos. O uso de máscaras em locais públicos, a higienização frequente das mãos e a redução de aglomerações continuam sendo medidas fundamentais.

“A vacina não impede a infecção, mas reduz o risco de casos graves e óbitos. No entanto, pessoas com comorbidades, idosos, crianças, gestantes e puérperas precisam manter o esquema vacinal atualizado, pois esses grupos têm maior risco de complicações”, reforça Socorro Martins.

Diante do cenário, a recomendação das autoridades é que a população siga as orientações sanitárias e busque a vacinação, especialmente com a chegada do período chuvoso, quando infecções respiratórias tendem a se intensificar.

Com informações do repórter Marilson Maia para TV Gazeta.

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