Campus da Ufac em Rio Branco/Foto: Altino Machado
A Universidade Federal do Acre (Ufac) avalia deixar o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) a partir de 2026 como forma de preservar o bônus regional concedido a estudantes que cursaram o ensino médio no estado. A possibilidade foi anunciada pela reitora Guida Aquino durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 9.
A mudança ocorre após determinação do Ministério da Educação (MEC), que solicitou a retirada do bônus aplicado desde 2019. Em resposta, a Ufac decidiu adotar alternativas para garantir o benefício aos alunos locais. “Recebemos o documento do MEC solicitando a retirada do bônus, mas buscamos alternativas. Retiramos o curso de Medicina do Sisu e adotaremos um processo seletivo próprio, mantendo o benefício do bônus para estudantes locais”, explicou Guida.
A reitora destacou que o impacto do bônus regional é mais significativo no curso de Medicina, o que levou à decisão de criar um processo seletivo específico. “Entre 2019 e 2024, observamos que o bônus tem um impacto muito maior no curso de Medicina. Por isso, propusemos um processo seletivo próprio para esse curso, decisão aprovada pelo Conselho Universitário”, afirmou.
Além disso, a Ufac estuda a possibilidade de implementar um sistema de avaliação próprio para todos os cursos até 2026, mas a infraestrutura necessária para essa transição ainda está em desenvolvimento. “Para o curso de Medicina, já temos condições de aplicar um processo seletivo eficiente. Em 2024, utilizaremos esse modelo para preencher vagas remanescentes que não foram ocupadas pelo Sisu. Publicaremos um edital com cronograma e prazos de inscrição específicos”, detalhou Guida.
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, acrescentou que o modelo de seleção próprio já foi testado em cursos como Música e seguirá critérios semelhantes aos do Sisu. “As vagas continuarão sendo distribuídas conforme a legislação de cotas, contemplando estudantes de escolas públicas, pretos, pardos e indígenas”, afirmou.
A Ufac reforça seu compromisso com a inclusão regional e busca soluções para atender às necessidades dos estudantes acreanos, enquanto se ajusta às normativas do MEC.