O ex-governador do Acre e médico infectologista Tião Viana protagonizou uma discussão nas redes sociais após compartilhar uma notícia do jornal Metrópoles que informava a morte de uma cineasta mexicana após a aplicação do veneno de sapo kambô. Na publicação, feita em seu perfil no Instagram, Viana escreveu: “Sempre considerei esse experimentalismo do kambô perigoso. Um choque hemodinâmico. Cuidado aos navegantes.”
O comentário gerou reações imediatas. Um internauta rebateu, chamando o médico de “Mané” por classificar o uso do kambô como experimentalismo, argumentando que se trata de uma prática ancestral dos povos originários. “Isso é uma tradição muito antiga. Com certeza houve imprudência, assim como há na medicina moderna”, afirmou.
Viana não deixou a ofensa passar e respondeu diretamente: “Idiota sabichão.” A troca de farpas continuou, com o internauta criticando o médico por divulgar a notícia de forma superficial e desconsiderar a origem cultural da prática: “Olha o nível… Você divulgar a manchete de uma notícia, sem maiores detalhes, e chamar de experimentalismo uma tradição muito antiga para os povos originários é o que, meu caro?”
O caso que originou a discussão aconteceu no México. A cineasta Marcela Alcázar Rodríguez, de 33 anos, morreu após participar de um curso espiritual que incluía a aplicação de kambô. No entanto, houve confusão inicial com o nome da atriz mexicana Marcela Alcaraz, que está viva.
O debate sobre o uso do kambô e a relação entre práticas ancestrais e a medicina moderna ganhou destaque após o episódio, reforçando a polarização entre defensores e críticos dessas tradições.