Mais de seis anos após a morte trágica de Maria Cauane da Silva, de 11 anos, durante uma operação policial no bairro Preventório, em Rio Branco, cinco policiais militares estão sendo julgados. O caso, que ganhou grande repercussão na capital acreana, é analisado nesta quarta-feira (4) pela 1ª Vara do Tribunal do Júri.
A operação, conduzida pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em maio de 2018, resultou nas mortes da menina Maria Cauane, Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales. De acordo com o Ministério Público do Acre (MP-AC), a menina foi atingida por um disparo de fuzil durante a ação.
Em uma decisão controversa de 2023, a 1ª Vara do Tribunal do Júri reclassificou as acusações contra os réus como homicídio culposo, excluindo a intenção de matar, e absolveu alguns dos policiais sob a alegação de legítima defesa. Insatisfeito, o MP-AC recorreu, alegando que as provas sustentam a acusação de homicídio qualificado e lesão corporal grave.
Segundo a denúncia, os policiais Antônio de Jesus Batista e Alan Melo Martins são acusados de responsabilidade pelas mortes de Maria Cauane e Gleiton Silva Borges, além de lesão corporal contra outras duas vítimas feridas na mesma operação. Já Josemar de Farias, Wladimir Soares da Costa e Raimundo Costa enfrentam acusações de homicídio pela morte de Edmilson Fernandes da Silva Sales.