Após cinco dias de julgamento, o Júri Popular decidiu, na noite deste domingo, 8, pela absolvição dos policiais militares Antônio de Jesus Batista, Alan Melo Martins, Josemar Barbosa de Farias, Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa. Eles eram acusados pela morte de Maria Cauane, de 11 anos, Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales, ocorridas durante uma operação policial no bairro Preventório, em Rio Branco, em maio de 2018.
O julgamento ocorreu na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, no Fórum Criminal da Cidade da Justiça, sob a presidência do juiz Robson Aleixo. A acusação foi conduzida pelo promotor Carlos Pescador, representando o Ministério Público do Acre (MPAC).
Durante as sessões, foram ouvidas 30 testemunhas, sendo 17 convocadas pela acusação e 13 pela defesa. O julgamento foi marcado por debates intensos, refletindo a complexidade e a relevância do caso, que gerou ampla repercussão por envolver a morte de uma criança e de dois homens, além de levantar discussões sobre a conduta policial em áreas periféricas.
A decisão pela absolvição dos réus encerra um dos julgamentos mais aguardados no estado, evidenciando a polarização entre os argumentos da defesa, que alegou legitimidade da ação policial, e da acusação, que apontava excessos e responsabilizava os militares pelas mortes.