Nível do Rio Acre sobe mais de 6 metros em 24 horas e alerta para transbordamento em Assis Brasil

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Foto/G1

O nível do Rio Acre em Assis Brasil, a 342 km da capital Rio Branco, apresentou uma elevação expressiva de 6,05 metros em apenas 24 horas, alcançando 9,51 metros na manhã desta terça-feira, 24, conforme informações da Defesa Civil da capital. Na segunda-feira, 23, o rio estava com 3,46 metros. A cota de alerta para transbordamento na região é de 11,30 metros, enquanto a de transbordo é de 12,40 metros.

A situação preocupa as autoridades, já que o aumento do nível também impacta outras cidades do Alto Acre, como Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri, que fazem parte do trajeto do manancial. “Infelizmente, isso indica um aumento considerável no Rio Acre em Rio Branco”, destacou o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão.

Histórico de Cheias

No início do ano, o município de Assis Brasil enfrentou sérias consequências causadas pela cheia do Rio Acre. Em fevereiro, 355 pessoas ficaram desabrigadas, 38 famílias desalojadas e quatro bairros foram afetados. Na época, a prefeitura precisou montar quatro abrigos para atender a população.

Assis Brasil também esteve entre os 17 municípios do estado que declararam situação de emergência devido às inundações. Ao todo, mais de 11,2 mil pessoas tiveram que deixar suas casas no Acre por conta das cheias de rios e igarapés.

Chuvas Intensas em 2024

O volume de chuvas registrado neste final de ano é consideravelmente superior ao mesmo período de 2023. Entre outubro e dezembro, o acumulado foi de 717 milímetros, um aumento de 37% em comparação aos 520 milímetros registrados no ano anterior. Somente em dezembro, já choveu mais de 200 milímetros.

Ponte Submersa na Estrada Transacreana

Outro impacto das fortes chuvas foi registrado no Ramal Barro Alto, na Estrada Transacreana, em Rio Branco. O nível do Riozinho do Rôla, afluente do Rio Acre, subiu de 5,65 metros para mais de 8 metros em uma semana, deixando a ponte da região totalmente submersa.

“A única maneira de atravessar agora é por balsa, tanto para pessoas quanto para veículos. Essa área é crucial, pois abriga várias comunidades. Seguimos monitorando a situação”, afirmou o tenente-coronel Falcão.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp