A Justiça do Acre autorizou a quebra do sigilo telefônico de Dênis da Rocha Tavares, um dos denunciados pelo assassinato de Cauã da Silva Nascimento, sobrinho-neto da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Acre (MPAC), que considera os dados do celular de Denis essenciais para fortalecer as provas no caso.
Dênis foi preso no último dia 16 de dezembro pela Polícia Militar e estava em posse do aparelho, que agora passa por perícia. Segundo o promotor Carlos Pescador, as informações armazenadas no dispositivo, como mensagens e registros de chamadas, podem esclarecer a dinâmica do crime e as possíveis conexões do acusado com uma facção criminosa.
Em sua decisão, o juiz Robson Aleixo, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, destacou que a Constituição Federal protege o sigilo de comunicações, mas permite sua quebra em situações excepcionais, desde que fundamentadas judicialmente. “As informações armazenadas no dispositivo móvel podem fornecer provas cruciais para a elucidação do crime e das conexões do acusado”, afirmou o magistrado.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano, quando Cauã, de 19 anos, teve sua casa, no bairro Taquari, invadida e foi assassinado. Denis é acusado de ter fornecido a arma utilizada no homicídio, enquanto André Oliveira da Silva, apontado como o executor, foi denunciado e está preso desde setembro.
O caso segue em investigação, com o objetivo de reunir mais elementos que ajudem a esclarecer o crime e responsabilizar os envolvidos.