“Minha filha foi tirada de nós de forma cruel”, diz mãe
O assassinato da adolescente Geovana Souza da Silva, de 16 anos, ocorrido na madrugada do último sábado, 7, no bairro Areal, em Rio Branco, chocou os moradores local e reacendeu discussões sobre a fragilidade do sistema penal brasileiro.
A jovem foi morta de forma violenta, e o principal suspeito, Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, foi capturado na noite do último domingo, 8, após uma operação do Segundo Batalhão da Polícia Militar. Leandro, que já possui passagens por furto e roubo, foi encontrado no bairro Triângulo Novo enquanto tentava escapar pelos telhados de uma residência.
Antes do crime, ele havia rompido a tornozeleira eletrônica, o que dificultou sua localização pelas autoridades. Mesmo sob custódia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a ausência de flagrante no momento da prisão trouxe a possibilidade de sua soltura, gerando revolta entre os familiares de Geovana.
“Minha filha foi tirada de nós de forma cruel. Agora, existe a chance de o responsável voltar para as ruas? Onde está a justiça? Precisamos de leis mais duras para evitar que famílias passem pelo que estamos passando”, desabafou a mãe da adolescente, visivelmente abalada.
O caso gerou comoção na comunidade, que tem prestado apoio à família e cobrado ações rigorosas das autoridades. Movimentos de proteção à mulher e organizações de direitos humanos destacaram a necessidade de melhorar o monitoramento de presos que utilizam tornozeleiras eletrônicas, enfatizando falhas que colocam vidas em risco.
Enquanto aguardam a decisão do Ministério Público e da Justiça sobre o futuro do acusado, familiares de Geovana reafirmam seu apelo por justiça. “Não vamos descansar enquanto esse homem não pagar pelo que fez. Ele não pode ficar impune”, declarou um dos tios da jovem.