Anônimos e políticos renomados. Aliados e opositores se reuniram na manhã de sábado (23) no Palácio Rio Branco para dar o último adeus ao ex-governador do Acre, Flaviano Melo.
Enquanto o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, apertava-se em um canto para a despedida a senhora Antônia Soares, a dona Tônica, de 94 anos, esforçava-se para chegar até o local para também se despedir.
Assim foi o momento de despedida de Flaviano Melo que reuniu em um mesmo espaço figuras da situação e oposição como André Kamai e Daniel Zen, vereador eleito recentemente e presidente regional do PT, respectivamente.
“Todos têm respeito pela trajetória do Flaviano Melo”, afirmou Zen em entrevista recente.
Menos conhecida que os políticos tradicionais do Acre, dona Tônica chegou ao velório auxiliada. Ela tem dificuldade de caminhar por conta da idade, mas nem por isso desistiu de se despedir do político que conheceu na década de 70.
“Tinha que dar um jeito de vir me despedir. É uma tristeza imensa perder o Flaviano Melo. Ele faz parte da nossa história. Eu gostava muito dele assim como todos da família”, declarou.
Chagas Romão, ex-deputado estadual e uma das figuras emblemáticas do MDB, relembrou a amizade de mais de 40 anos com Flaviano Melo e afirmou que ele é insubstituível.
“Era um grande amigo, da vida toda. Não tem outro Flaviano. Era um grande homem”, declarou.
A cadeirante Rosana Souza encontrou dificuldade para dar adeus a Flaviano. A falta de acessibilidade do Palácio Rio Branco dificultou, mas não impediu. Após mais de meia hora ela conseguiu se despedir.
“Eu vim me despedir. Conheço há muito tempo”, diz.
Flaviano Melo será sepultado às 16 horas deste sábado no cemitério São João Batista.