Na COP29, Marina Silva cobra dinheiro de países ricos para combate às mudanças climáticas

No Azerbaijão, ministra do Meio Ambiente citou promessas de corte de emissões das nações em desenvolvimento e disse que “sem os mecanismos de financiamento, aquilo nós anunciamos virará apenas enunciado”

Em sua primeira declaração na 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), a ministra Marina Silva afirmou que o a conclusão de novas metas de financiamento para países em desenvolvimento combaterem a crise do clima são essenciais ao cumprimento de metas para reduzir CO₂.

Em sua primeira declaração na 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), a ministra Marina Silva afirmou que o a conclusão de novas metas de financiamento para países em desenvolvimento combaterem a crise do clima são essenciais ao cumprimento de metas para reduzir CO₂.

— O indicador de sucesso dessa COP, para além de tantos temas que estão postos aqui, com certeza está nos mecanismos de financiamento, sem os quais aquilo que nós anunciamos virará apenas enunciado — disse Marina. — Sem os meios de implementação não haverá como tirá-los da teoria para a prática.

A ministra falou publicamente no evento ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin, chefe da delegação brasileira na COP29. Alckmin defendeu a nova contribuição nacionalmente determinada (NDC) do Brasil, o documento em que o país formaliza suas promessas de corte de CO2, anunciado na sexta-feira mas ainda não publicado. Marina diz que a apresentação oficial com números detalhados será feita na quarta-feira.

— O Brasil apresentou uma NDC extremamente ousada. Nós vamos sair de 2,2 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente para buscar aquela meta de 850 milhões de toneladas de CO₂ equivalente em 2035 — afirmou.

O discurso de Marina também fez uma referência ao uso de combustíveis fósseis no planeta e cobrou dos países ricos que apresentem NDCs mais profundas antes da COP30, que será realizada no Pará, no ano que vem.

— A COP30 em Belém é a COP da implementação, a COP dos resultados que não são apenas do Brasil. É preciso que o mundo inteiro tenha NDCs igualmente ambiciosas — afirmou. — É preciso que a gente faça o mapa do caminho para a transição para o fim do uso do combustível fóssil e que a gente faça o mapa do caminho para o fim do desmatamento.