É através das rimas que diversas realidades e histórias são contadas. Alisson Conceição, de 23 anos, é um exemplo disso. Também conhecido no mundo do hip hop como El Tchuco, ele irá representar o Acre no Duelo Nacional de MCs, que acontece nos dias 16 e 17 de novembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A competição, considerada a mais tradicional do freestyle brasileiro, é marcada pela batalha de rimas.
Serão 32 participantes de todos os estados brasileiros. El Tchuco é o atual campeão estadual e conquistou sua vaga na grande final do Duelo Nacional de MCs. O jovem já acompanhava as batalhas de rimas há quatro anos, mas foi somente em 2022 que decidiu participar das competições, conquistando inclusive o título de vice-campeão estadual em 2023.
El Tchuco relatou ao portal A GAZETA sua trajetória e como foi o processo de conquistar o título de campeão estadual, além das expectativas em relação à grande final. Criado no município de Bujari, ele conta que, como todo processo, sua caminhada foi difícil. “Para gente que vem de município pequeno, é difícil, assim como para quem mora em Rio Branco. Mas, quando a gente ama a parada, a gente arrisca tudo. Eu arrisquei sem ter uma certeza no começo, mas depois me senti sintonizado com o universo, iluminado mesmo”, relata.
Alisson conta ainda que chegou a dormir nas ruas, ao perder o ônibus para o município onde mora, após as batalhas de rimas, e que um dos maiores desafios é dedicar-se ao seu sonho e, ao mesmo tempo, ao sustento de sua família. “Fui ficando mais forte e com a cabeça de que iria dar certo. Minha mente sempre foi de campeão”, diz.
O jovem ainda acrescenta sobre sua expectativa para o evento em Belo Horizonte. “A expectativa é tremenda. A gente se preparou muito o ano todo para isso, para chegar lá e representar o Acre, carregar nossa bandeira”, descreve.
Como forma de inspirar outros talentos a batalharem pelos seus sonhos, El Tchuco deixa uma mensagem: “Tenha mais fé, acredite, lute com um objetivo. Fiz isso também pelo meu filho, para dar a ele oportunidades que eu não tive”, finaliza.
A Gazeta do Acre