Simey Menezes Costa, acusado de matar brutalmente sua noiva, Ketely Soares de Souza, em junho desse ano, teve negado o pedido de instauração de incidente de insanidade mental. A decisão foi proferida nesta terça-feira, 26, pelo juiz Alesson Braz durante audiência de instrução e julgamento realizada no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, no Fórum Criminal de Rio Branco.
Na sessão, oito testemunhas, incluindo uma irmã da vítima, prestaram depoimentos. Simey optou por exercer seu direito constitucional de permanecer em silêncio e não respondeu às acusações relacionadas ao assassinato de Ketely, de 33 anos, ocorrido na madrugada de 8 de junho, na residência do casal no Ramal Raimundo Saldanha, Pólo Benfica, região da Vila Acre.
O crime chocante envolveu 32 facadas desferidas por Simey contra a noiva. Após permanecer foragido por cinco dias, ele se entregou à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, onde foi preso. Desde agosto, Simey responde como réu pelo crime de homicídio qualificado com agravantes de motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
Durante a audiência, o promotor Teotônio Rodrigues emitiu parecer favorável à pronúncia do réu, solicitando que ele seja submetido a júri popular. O juiz Alesson Braz analisará as alegações finais antes de decidir se Simey será levado a julgamento ou absolvido sumariamente.
Caso seja pronunciado, Simey enfrentará júri popular em um processo que tem gerado forte comoção na comunidade e reacendido debates sobre violência contra a mulher no estado.