O governo federal deve anunciar contingenciamento de recursos orçamentários de até R$ 19,3 bilhões, para alcance das metas fiscais e isso preocupa os empreiteiros que executam obras nas rodovias federais que cortam o estado. O temor é de que fiquem com saldos residuais dos contratos que encerram no fim deste ano, já que a abertura do Orçamento-Geral da União de 2025 deve ocorrer só no mês de fevereiro.
“Os novos trechos da BR-364 devem ser licitados em janeiro do próximo ano”, prevê o empresário Jarbas Soster, que foi contratado para executar algumas obras com o uso da nova tecnologia de macadame hidráulico, implantada nessa reforma geral da BR-364.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Acre (DNIT/AC), Ricardo Araújo, deve embarcar para a Brasília na próxima semana, para tratar deste assunto. Mas acalmou os empreiteiros e a população que depende das estradas. “Do dinheiro empenhado para o Acre, só faltam R$30 milhões para chegar liquidar todo o empenho até o final do ano”, revelou.
Cerca de 70% do cronograma previsto neste ano já foi executado pela superintendência do DNIT/AC. Agora, Ricardo Araújo busca garantir um aporte de R$ 200 milhões no orçamento da União do próximo ano, para ampliar o trabalho com o uso da nova tecnologia de macadame nos pontos críticos entre o município de Feijó até o rio Liberdade, para resolver o problema dos trechos com muita tabatinga.
A reconstrução deste trecho usa tecnologia de ponta para lidar com as variações do solo acreano. A abordagem proativa de manutenção nesta época do ano, busca garantir o tráfego de veículo no período invernoso.
Ricardo Araújo se reuniu em outubro com os gestores do Ministérios dos Transportes (MT), para tratar da liberação dos R$ 650 milhões previstos no orçamento da União no próximo ano, destinado à continuidade das obras de recuperação da BR-364, no trecho de Sena Madureira/ Cruzeiro do Sul.
A previsão é que esses recursos sejam destinados para a restauração da rodovia federal que interliga o Vale do Acre ao Vale do Juruá até o fim de 2025.