Colono denuncia incêndio de casa e morte de animais na Reserva Chico Mendes

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Um suposto caso de abuso de autoridade está sendo investigado em Brasiléia, no Acre. Mauro Santos de Souza, 35 anos, morador do Seringal Tabatinga, denunciou a destruição de sua casa dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes. Segundo ele, o incêndio consumiu todos os seus pertences e causou a morte de sua cadela e de gatos. A denúncia levanta suspeitas sobre a atuação de agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e forças de segurança.

Mauro, que vive na área há 24 anos, afirmou que estava em processo de separação e havia planejado construir uma casa para sua ex-companheira, aproveitando madeira de uma castanheira derrubada por um vendaval. Ele foi notificado pelo ICMBio para esclarecer o uso da madeira, já que o corte de algumas espécies é proibido e passível de multa. Após se apresentar ao órgão, ele retornava para casa quando foi informado pelos irmãos que sua residência havia sido incendiada.

O incêndio destruiu completamente a casa, incluindo móveis, eletrodomésticos e uma motocicleta, deixando Mauro apenas com a roupa do corpo. Além disso, madeiras que seriam usadas na construção do imóvel de sua ex-companheira foram serradas para inutilização. A Polícia Civil abriu uma investigação e enviou equipes ao local para coletar informações.

A denúncia gerou repercussão e já foi encaminhada a autoridades em Brasília. Mauro exige que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados. “Quero saber quem fez isso com a casa e os animais. Não tinha necessidade de tamanha crueldade”, disse ele.

O jornal não conseguiu contato com representantes do ICMBio para obter sua versão, mas mantém o espaço aberto para esclarecimentos. Enquanto isso, o caso chama a atenção para possíveis excessos em áreas de conservação e para a necessidade de apuração rigorosa das denúncias.

O Alto Acre

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp