Casos de HIV no Acre aumentam em 2024 e Rio Branco concentra maior parte

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou o boletim epidemiológico referente ao 1º e 2º quadrimestres de 2024 sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) no estado. O levantamento mostra que a região do Baixo Acre, composta por Rio Branco, Acrelândia, Bujari, Capixaba, Plácido de Castro, Porto Acre e Senador Guiomard, registra os maiores números de HIV e sífilis, quando comparada às demais regionais do estado.

De acordo com o boletim, foram notificados 221 casos de HIV em adultos no Baixo Acre, representando 90,57% do total de casos registrados no estado. Em comparação, o Alto Acre, que inclui os municípios de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri, teve 11 notificações, ou 4,51% dos casos. Nas regionais do Juruá e Tarauacá/Envira, foram registrados 12 casos, totalizando 4,92%.

Quanto à sífilis adquirida, o Baixo Acre concentrou 708 casos, o que corresponde a 77,63% do total de 912 casos registrados no estado. Rio Branco, a maior cidade do estado, teve 69,52% dos casos de sífilis adquirida. Já Acrelândia, Santa Rosa do Purus e Rodrigues Alves apresentaram os menores índices, com 0,11% cada.

Em relação aos casos de sífilis em gestantes, o Baixo Acre foi responsável por 211 notificações, que representam 65,94% do total de 320 casos registrados no estado. A região do Juruá/Tarauacá/Envira teve 81 casos (25,31%), enquanto o Alto Acre registrou 28 casos (8,75%). Rio Branco concentrou 49,38% dos casos de sífilis em gestantes.

No caso da sífilis congênita, o Baixo Acre também liderou com 34 notificações, correspondendo a 77,27% dos 44 casos registrados no estado. O boletim aponta uma redução de 26,39% nos casos de sífilis adquirida em comparação ao ano de 2023, quando houve o pico de 1.239 casos. Os casos de sífilis em gestantes diminuíram 30,43% desde 2022, e a sífilis congênita teve uma queda de 22,81%, passando de 57 casos em 2022 para 44 em 2024.