Caso de violência sexual em Feijó ganha desdobramento e marido é preso suspeito do crime

No sábado (9), o marido e o caseiro de Neuma Braga, funcionária pública de 45 anos, foram presos temporariamente sob suspeita de violência sexual e agressão. O caso foi registrado em Feijó (AC) e segue em investigação após a vítima relatar o ocorrido em suas redes sociais. Em um primeiro momento, a própria Neuma indicou um adolescente de 13 anos como autor da agressão, mas a Polícia Civil e o Ministério Público do Acre (MPAC) direcionaram as investigações para o marido e o caseiro, ambos liberados na segunda-feira (11) para responder em liberdade.

No relato compartilhado nas redes sociais, Neuma Braga afirmou que o ataque aconteceu em 31 de agosto, enquanto ela estava sozinha na residência do casal, localizada na zona rural de Feijó. Segundo a vítima, o adolescente teria invadido o local, agredindo-a fisicamente até que ela perdesse a consciência, e descreveu o estado em que foi encontrada pelo marido, com hematomas no rosto e sinais de abuso.

Após a denúncia inicial, Neuma registrou o caso na Polícia Civil, que confirmou, por meio de exame de corpo de delito, as lesões descritas pela vítima. O MPAC solicitou a prisão temporária do marido e do caseiro, uma vez que ambos apresentaram contradições em seus depoimentos, o que, segundo o delegado Marcílio Laurentino, motivou a detenção inicial para esclarecimentos. “Cumprimos mandados de prisão contra o marido e o caseiro, ambos foram interrogados, ouvimos outras testemunhas. O marido nega o crime, mas não podemos divulgar mais detalhes por se tratar de um caso sob segredo de Justiça ” afirmou o delegado, que informou também que seis testemunhas foram ouvidas.

O promotor Lucas, que lidera a investigação, justificou as prisões como uma medida para garantir a coleta de informações sem interferências externas. Ele afirmou que a decisão judicial de liberar os investigados na segunda-feira (11) foi baseada nas informações colhidas até o momento, e ambos seguirão acompanhando as investigações em liberdade.

A repercussão do caso chamou a atenção da população e de organizações locais. Em sua publicação, Neuma explicou que o relato foi uma tentativa de alertar para a violência doméstica e buscar justiça, afirmando que está enfrentando as consequências físicas e psicológicas do ataque e “tentando ser forte pelos filhos”.

A Polícia Civil de Feijó, com o apoio do MPAC, prossegue com as investigações para esclarecer os fatos. Caso se comprove que o adolescente mencionado não teve envolvimento, as autoridades poderão averiguar se a vítima será responsabilizada por denúncia caluniosa.